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Protesto na porta da casa de deputado tem gerador, banheiros e refeitório

Campo Grande News em 16 de Março de 2017

Kisie Ainoã

Grupo de manifestantes está em praça em frente ao condomínio de Marun

Grupo de 300 pessoas permanece acampado em frente ao condomínio onde mora o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), em Campo Grande, em protesto contra a reforma da previdência, no qual o parlamentar é presidente da comissão especial. Foi montada uma estrutura com banheiros químicos, gerador de energia e alimentação disponível.

Liderados por movimentos sociais como a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), MST (Movimento Sem Terra), MPL (Movimento Popular de Luta) e outros sindicatos, os manifestantes montaram uma estrutura com sete banheiros químicos, gerador de energia e alimentação, com direito a café da manhã, almoço e janta.

Foram montados quatro grandes barracões com lonas, onde este grupo passou a noite, tendo inclusive chuveiro instalado no local. Eles estão em frente ao condomínio desde o final da manhã de ontem (15), quando foi realizada a manifestação nacional, contra a reforma da previdência.

O presidente da Fetems, Roberto Botarelli, explicou que existem três cozinhas funcionando a disposição do grupo, sendo uma na sede do sindicatos dos professores, outra no Sintracon (Sindicado dos Trabalhadores nas Industrias da Construção e do Imobiliário) e ainda funciona uma no acampamento.

Botareli afirma que os custos de alimentação e toda estrutura estão sendo divididos entre os movimentos sociais, entidades e sindicatos que participam do protesto. "Só vamos deixar o local quanto o deputado (Carlos Marun) vir aqui conversar com a gente, tendo uma posição contrária a reforma da previdência", disse.

Manifestantes

Rosângela Oliveira, de 51 anos, que faz parte do MST, disse que o ambiente no local está bem tranquilo e até agradável e que só deixa o local, depois de uma "reviravolta no projeto da reforma". Já Anair J.F. ponderou que os protestantes esperam uma resposta de Marun sobre o caso.

Marun disse ao Campo Grande News que classifica o protesto como "desrespeitoso" e "covarde", já que traz constrangimentos a sua família e vizinhos. Ele ainda ponderou que desta forma "perdeu o respeito a manifestação" e que estas ações não vão mudar sua forma de pensar.

Em conversa com a segurança do condomínio Dama, foi repassado que até o momento o protesto não gerou qualquer incidente ou transtorno aos moradores, que segundo eles, segue sua rotina e vida normal. O acampamento fica em torno de 200 metros da entrada do condomínio.

 

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