Da Redação em 03 de Março de 2017
Mesmo contando com atrações nacionais, o carnaval deste ano ficou 7% mais barato para a Prefeitura de Corumbá em comparação ao realizado em 2016. A prestação de contas dos custos da folia, apresentada no final da manhã desta sexta-feira, 03 de março, pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, mostrou que foram aplicados R$ 3.160.524 pelo Executivo Municipal no evento de 2017. No ano passado, a festa de Momo consumiu R$ 3.377.435 dos cofres do Município.
Fotos: Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense
Prefeito explicou que Município fez um carnaval com mais atrativos e menor investimento
A apresentação dos números, feita pelo diretor-presidente da Fundação de Cultura e Patrimônio Histórico, Luiz Cambará, apontou que somente nos itens estrutura física do evento, serviços de segurança, vigilância e sonorização, a economia ficou na faixa de R$ 500 mil. Essa redução permitiu a contratação de três shows de artistas nacionais – Cheiro de Amor, Batuque Digital e Anderson Freire (que faz show neste sábado) – que totalizaram R$ 354.100.
“Apostamos em investir no carnaval. Para o ano que vem, a estratégia é, com base nesse resultado positivo, começar a ‘vender’ o nosso carnaval para a iniciativa privada, que hoje tem uma participação diminuta nesse evento. Fazer com que essa iniciativa privada, que também é contemplada no evento, seja mais parceira e possa nos apoiar com mais intensidade. Fizemos investimentos e, se comparados com anos anteriores, foi um número menor de investimentos com um número maior de retorno”, afirmou o prefeito explicando que o Município fez um carnaval com mais atrativos e menor investimento.
Enxugar em 2018 também
Ruiter disse ter determinado a sua equipe de governo – responsável pela organização do carnaval – que encontrasse a melhor forma de reduzir os custos sem perder a identidade da festa corumbaense. “Nossa equipe avaliou os principais componentes que formam o custo do carnaval e fez um trabalho de diminuir os valores. Os principais são estrutura, som, segurança e banheiros químicos. São os quatro quesitos que mais importam significativamente no custo. Se pegarmos somente esses quatro componentes, vamos ver que a diferença foi muito maior . Esse ano aconteceram situações que não tivemos no ano passado. Fizemos transmissão com painel de LED, que não teve ano passado; trouxemos três bandas nacionais, o que não ocorreu ano passado e mesmo assim, o valor ficou menor. Houve um grande esforço de diminuir o valor aplicado. Fizemos essa economia e preferimos trazer essas atrações nacionais para o carnaval, com duas bandas durante o evento e para o show gospel, para inclusão de todos na nossa festa”, complementou.
Ruiter disse que redução este ano faz o Executivo trabalhar com a possibilidade de ter um carnaval de qualidade ainda mais barato em 2018
A redução de 7% conseguida este ano faz o Executivo trabalhar com a possibilidade, bastante concreta, de ter um carnaval de qualidade ainda mais barato em 2018. “É o desafio que vamos planejar e buscar. Ano que vem, além de buscar o que pode ser economizado, teremos outra frente de ação que será buscar o que pode ser arrecadado. O que podemos ter de patrocínio e colaboradores. Ao agregar receita, a gente diminui investimentos. A expectativa é sempre buscar fazer mais com menos. Um exemplo, vamos admitir que a gente encontre um espaço para as escolas de samba, onde comecem a trabalhar com promoções. É evidente que o aporte do Poder Público será menor, porque passarão a ter condição de arrecadar. É um somatório de esforços. Trabalhamos com a possibilidade sempre de reduzir, a questão econômica do País aponta para esse caminho. Temos de fazer com que nossos esforços caminhem para diminuir custos e aumentar a receita”, completou o chefe do Executivo corumbaense.
Movimentação turística e financeira
A Prefeitura ainda apresentou dados referentes ao fluxo de turistas na cidade durante os cinco dias de carnaval – 24 a 28 de fevereiro – e movimentação parcial de recursos no município, no mesmo período.
Apresentação dos números foi feita pelo diretor-presidente da Fundação de Cultura e Patrimônio Histórico, Luiz Cambará
Levantamento prévio da Fundação de Turismo do Pantanal apontou que Corumbá recebeu 11.518 turistas de dez estados brasileiros – sendo 33 cidades de Mato Grosso do Sul –, além de países como Bolívia, Paraguai e Colômbia.
A movimentação financeira e econômica gerada – parcialmente – no comércio formal, comércio informal, barracas, ambulantes, remuneração de postos de trabalho dos blocos oficiais e independentes e gastos dos blocos oficiais e independentes gerou fluxo de R$ 1.677.554,08 na cidade. Ainda não foram computados dados referentes a outros segmentos da economia corumbaense.
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