Campo Grande News em 20 de Fevereiro de 2017
O Estado não é só o poder executivo, mas os poderes constituídos, e todos precisam cortar gastos e economizar, disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta segunda-feira, 20, durante a apresentação do seu plano de reforma administrativa e enxugamento da máquina pública.
André Bittar/Campo Grande News
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja, durante apresentação da reforma administrativa
A afirmação em forma de apelo foi feita diante de uma plateia formada pelos presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Mochi Junior (PMDB), do TCE-MS (Tribunal de Contas), Waldir Neves, do TJ-MS (Tribunal de Justiça), Desembargador Divoncir Schreiner Maran, e o Procurador Geral do MPE (Ministério Público Estadual), Paulo César Passos, e do Sub-defensor-geral da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, Fábio Rondi.
Todos esses poderes dependem de repasses dos chamados duodécimos mensais do Governo do Estado. No caso da Assembleia Legislativa, por exemplo, são 2,9% da receita líquida do Estado, que em 2015 totalizavam R$ 18 milhões, e após estudo sobre despesas de funcionamento a Casa assinou um compromisso com o governo reconhecendo que o valor poderia ser reduzido para R$ 16 milhões.
“Cada um dos chefes dos poderes fazendo a sua parte, o Estado vai funcionar melhor”, ressaltou o governador Reinaldo Azambuja.
A reforma administrativa do Governo do Estado extingue três secretarias, mas o destino de quem comanda as pastas ainda é incerto. De acordo com governador, somente após a aprovação do projeto na Assembleia Legislativa é que será anunciado quem fica no gestão. "O governo só decidirá pela saída de secretários ou quem vai ficar a frente das dez pastas, que ficaram com a reforma, depois que a Assembleia Legislativa aprovar o projeto. Por enquanto, nada muda. Todos continuam em suas pastas", relatou Azambuja.
Articulação
Com relação à saída de Sérgio de Paula, da Casa Civil, que já vem sendo considerada "quase certa" por fontes do governo, Azambuja declarou que, caso aconteça, será por motivos administrativos. "Tudo boato e especulação. Se realmente houver a saída do Sérgio ou de outros servidores, será por uma questão administrativa", afirmou.
Indagado sobre a possível saída dos três secretários, o administrador do Estado disse apenas sobre a situação do responsável pela Casa Civil. "Se ele deixar o governo, vai ser para contribuir com o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) na articulação política", disse Azambuja.
Ele reafirmou que a reforma foi feita para reduzir custos e fazer uma nova organização
administrativa e não deve interferir em assuntos políticos. "A questão política só deve entrar em pauta depois do carnaval de 2018."
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