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Campo Grande: garoto vítima de "brincadeira" teve hemorragia e parada cardíaca

Campo Grande News em 14 de Fevereiro de 2017

Wesner Moreira da Silva, que foi agredido com uma mangueira de alta pressão em uma lava jato de Campo Grande, teve uma hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

Arquivo familiar

Wesner, de 17 anos, que foi vítima de agressão em lava jato

Em termos técnicos, Wesner morreu após sofrer um choque hipovolêmico (grande sangramento na região toráxica) seguida de parada cardiorespiratória. Ainda conforme a assessoria do hospital, até ontem, Wesner estava em uma das enfermarias e o quadro de saúde era considerado estável, embora médicos não tenham dado previsão de alta.

Hoje pela manhã, entretanto, ele vomitou e com suspeita de hemorragia interna foi encaminhado para a ala vermelha do hospital onde passou por uma endoscopia. Pouco tempo depois de fazer o exame, ele sofreu a parada cardíaca.

Há a suspeita de que a hemorragia seja em decorrência de uma lesão grave no esôfago, detectada pelo exame. Contudo, a causa certa da morte, segundo a assessoria de imprensa do hospital, só será determinada pelo médico legista. O corpo está sendo preparado para ser encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

Nestes 11 dias internado, o adolescente já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos após perder metade do intestino grosso em decorrência da agressão.

Crime

Os dois suspeitos de terem cometido o crime contra o adolescente são Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava jato, e Willian Henrique Larrea, 30 anos. Eles já foram ouvidos na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde o caso ainda é investigado como lesão corporal grave.

Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (03), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.