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Agepen abre processo administrativo para apurar condutas de diretores presos

Notícias MS/Campo Grande News em 23 de Janeiro de 2017

A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou, por meio de nota, que acompanha a operação Xadrez deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em Corumbá, que resultou na prisão temporária dos diretores Ricardo Wagner Lima do Nascimento, do presídio masculino de regime fechado, e Doglas Novaes Vilas, do presídio semiaberto masculino.

A direção da Agepen determinou que sua "Procuradoria Jurídica e Corregedoria Geral acompanhem de perto os fatos e seus desdobramentos, instaurando processo administrativo para apurar as condutas narradas e responsabilidades". A Agência também providencia "a designação de diretores interinos" para que os serviços das unidades prisionais não sofram solução de continuidade.

"A Agepen e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) zelam pela total transparência e lisura das suas ações e veem com bons olhos toda ação, de qualquer instituição, que objetive apurar e combater quaisquer tipos de crimes, irregularidades e atos de corrupção que possam existir em suas unidades, e sempre se colocam à inteira disposição para auxiliá-las conforme suas necessidades", encerra a nota.

Prisão temporária

A coordenadora do Gaeco, a promotora Cristiane Mourão Leal, que comanda a Operação Xadrez, desencadeada nesta segunda-feira (23), disse ao site Campo Grande News que foi decretada a prisão temporária dos diretores, investigados por favorecimento de presos, corrupção e peculato, nos presídios da cidade.

Os diretores estariam mantendo relação promíscua com alguns presos, membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), favorecendo entrada de drogas, armas e objetos ilícitos como, por exemplo, celulares e carregadores, nas unidades penitenciárias. Com isso, eles teriam recebido altos valores de facções.

O Ministério Público não confirma, nem rejeita esta informação. Informa que maiores detalhes só serão repassados à imprensa no final da investigação, que começou há sete meses. “Por enquanto não podemos revelar detalhes sobre as investigações, até para não atrapalhar nosso trabalho”, explicou Cristiane Mourão. 

Os dois diretores são agentes penitenciários de carreira e desde junho de 2015 estão nos cargos de chefia das unidades penitenciárias.

 

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