Caline Galvão em 16 de Janeiro de 2017
Na última quinta-feira (12), um temporal deixou diversas ruas alagadas em Corumbá. Muita sujeira e entulho desceram pelo beco da Candelária e interditaram temporariamente o local. As equipes de limpeza e de engenharia do município começaram a se mobilizar no mesmo dia e a situação já está se normalizando em diversas regiões da cidade. As áreas mais atingidas com as consequências da forte chuva serão mapeadas para desenvolvimento de projetos que amenizem ou acabem com a situação de alagamento.
Em uma hora, choveu mais da metade do esperado para todo o mês de janeiro em Corumbá. Segundo o pluviômetro automático da escola Luiz Feitosa Rodrigues, localizado na área central, o volume de chuva chegou a 70,6 milímetros. Na parte alta da cidade, a plataforma da escola Almirante Tamandaré registrou 77,8 milímetros de precipitação. Historicamente, a média pluviométrica de janeiro é 145,8 milímetros de chuva de uma série histórica de 30 anos.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Beco da Candelária, atingido por enxurrada, já foi liberado para tráfego
A Central de Operações do 3º Grupamento de Bombeiros Militar (3º GBM) contabilizou 21 pontos de alagamentos, duas quedas de árvores sobre residência e dois desmoronamentos, mas não houve feridos. Os casos de alagamentos se espalharam pela cidade, grande parte se concentrou na zona Sul, parte alta de Corumbá. A chuva inundou ruas centrais como Antônio Maria, Porto Carrero, Frei Mariano, Cabral, 7 de Setembro entre Dom Aquino e 13 de Junho, General Dutra (Maria Leite) e alameda Vera Cruz (Universitário). Ruas do Porto Geral também foram alagadas.
O secretário de infraestrutura e serviços públicos, Ricardo Campos Ametlla, afirmou ao Diário Corumbaense que desde sábado (14) o beco da Candelária está completamente restabelecido na sua pavimentação e limpeza. “Já voltou à normalidade. Todos aqueles entulhos e problemas que observamos no dia da chuva acabaram. Agora o local está passando por um processo de mapeamento e a motivação que ocasionou esse estrago na região para que a gente possa trazer na engenharia e desenvolver projetos que visam amenizar ou acabar com esse problema”, afirmou Ametlla.
Com relação à situação de duas famílias que tiveram que deixar suas casas no bairro Cervejaria por conta da chuva, essas pessoas ainda não puderam voltar para os seus lares. “Eles estão em casas de familiares porque as casas continuam interditadas pela Defesa Civil. Ali é um local que estamos catalogando e verificar a situação naquela encosta”, explicou o secretário de infraestrutura.
Na região sul na cidade, especialmente no Guató, de onde o maior número de chamadas ao Corpo de Bombeiros foi registrado no dia do temporal por causa de alagamentos, está sendo realizada limpeza. “Naquela região, mais precisamente nas alamedas 09 e 10 no bairro Guatós, no conjunto Pantanal, no primeiro momento acionamos nossa equipe no dia 13 e nos colocamos à disposição das famílias atingidas, agora vem a parte da remoção do lixo e entulhos. Todos esses pontos que foram atingidos por essa forte chuva vão ser mapeados para a busca de soluções”, concluiu Ametlla. Espera-se terminar a limpeza no local em uma semana e meia.
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