PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Professores de Ladário reivindicam reajuste salarial e entram em greve

Categoria reivindica aumento de 11,32%

Caline Galvão em 01 de Dezembro de 2016

Professores das escolas municipais de Ladário devem entrar em greve a partir desta quinta-feira, 1º de dezembro. A decisão foi tomada em assembleia pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Ladário (Sinted). Eles reivindicam reajuste salarial de 11,32%, mas alegam que o município não atendeu ao pedido e ainda não se pronunciou, mesmo depois de deflagrada o que eles chamaram de “Operação Tartaruga”. Essa operação teve como objetivo pressionar o Executivo Municipal para conceder a reivindicação da categoria.

“Fizemos uma assembleia e decidimos fazer a Operação Tartaruga para chamar atenção do Poder Público, estávamos na expectativa com relação ao reajuste. Aí, no dia 28 de novembro, em nova assembleia, o pessoal viu que a operação não surtiu efeito esperado e decidiu a partir de quinta-feira (1º) entrar em greve”, informou Antonio Celso Mello dos Santos, presidente do Sinted de Ladário. Durante a “Operação Tartaruga” metade dos professores trabalhou em sala de aula e os outros 50% ficaram concentrados na frente da Prefeitura, ação que aconteceu do dia 25 de novembro ao dia 30. Na última assembleia, realizada na segunda-feira (28), a maioria dos docentes optou pela greve.

A primeira assembleia realizada neste segundo semestre com os docentes aconteceu  no dia 22 de novembro. Eles discutiram reajuste salarial de 11,32% que o sindicato vem cobrando desde o dia 28 de janeiro. De acordo com o presidente do sindicato, as negociações se arrastaram até abril, mas a negociação não foi fechada com o prefeito.

“Ele disse que poderia dar esse aumento na data-base do município de Ladário, que é em outubro. A posição do sindicato, através de orientações da assessoria de jurídica da FETEMS, colocou para o poder público municipal que eles não poderiam dar esse aumento em função do ano eletivo e que a partir de julho não poderiam dar aumento nenhum. Desde que começaram as negociações, colocamos claramente isso, mas as negociações foram encerradas em julho”, afirmou Antonio Celso ao Diário Corumbaense ao informar que no final de setembro procurou novamente o poder executivo municipal, mas nada foi acertado.

“Não é interessante acontecer essa greve nesse momento, de término de ano letivo, mas como a Prefeitura não deu a devida importância para os professores, entramos nesse processo de greve. No entanto, o prefeito disse que vai dar uma posição no dia 12 de dezembro”, afirmou o presidente do Sinted de Ladário.

Lei proíbe decisões que promovam novos gastos para próxima gestão

O prefeito José Antonio Assad e Faria se pronunciou através da assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Ladário. Ele informou que o aumento do servidor na sua data-base é favorável, e foi de iniciativa da Prefeitura estabelecer o processo da data-base do servidor no mês de outubro e assim tem sido feito.  Dessa maneira, o reajuste anterior ocorreu no mês de outubro de 2015, consequentemente, não se poderia dar um aumento logo em seguida.

“No momento, estamos encontrando suporte legal para promover a recomposição dos vencimentos dos nossos servidores que, de início, é vedado pela lei que proíbe aumentar gastos que onerem a próxima gestão. Caso encontremos o suporte jurídico, estamos dispostos a promover a recomposição do vencimento, caso contrário, estaremos impedidos de fazer”, explicou o prefeito. Com relação à greve, o chefe do Executivo ladarense disse respeitar os servidores municipais e espera um entendimento para que não haja prejuízo para os alunos. 

PUBLICIDADE