Notícias MS em 14 de Novembro de 2016
A arte e a cultura pulsam durante o Festival América do Sul Pantanal e um dos objetivos é a integração entre os povos fronteiriços. Um desses momentos de intercâmbio cultural aconteceu na manhã de domingo, 13 de novembro, com a apresentação da Orquestra de Cordas de San José de Chiquitos, da Bolívia, e a peça “O Santo e a Porca” da Companhia Fulano Di Tal , de Campo Grande (MS).
Fotos: Divulgação
Orquestra de Cordas de San José de Chiquitos se apresentou no Santuário Nossa Senhora dos Remédios
Após a missa no Santuário Nossa Senhora dos Remédios, a Orquestra de Cordas de San José de Chiquitos impressionou o público com execução de peças barrocas com instrumentos musicais como o violoncelo e o violino ,que foram feitas a partir do repertório remanescente dos Jesuítas espanhóis durante a colonização da Chiquitania, e que foram descobertos no anos 90. A partir de então várias orquestras foram criadas para poderem atuar com esse material.
A orquestra foi criada há 15 anos como projeto social para crianças bolivianas carentes que recebem aulas de música de graça e, atualmente, é formada por 22 integrantes. É dirigida pelo maestro Juan Mario Moreno que vê com bons olhos essa integração cultural, “é realmente interessante e muito importante que haja tanta cultura para se compartilhar entre os dois países“ . Juan Mario aproveitou para agradecer o convite para o Festival, “estamos muito felizes por estar aqui e quero agradecer a organização do Festival por haver nos convidado, estamos muito contentes em poder compartilhar nossa música” . O aposentado Jacir Alves elogiou o desempenho dos músicos, “já assisti vários concertos internacionais no Rio de Janeiro e me surpreendi com o que ouvi aqui. Não perde nada prá ninguém!”.
Já “O Santo e a Porca” foi encenado logo em seguida no Salão Paroquial ao lado da igreja. O público se divertiu com as tramas da obra do extraordinário Ariano Suassuna que foi adaptada pelo grupo Fulano Di Tal. A peça já está em cartaz há três anos tendo a avareza como tema central e já foi assistida por milhares de pessoas.
Peça “O Santo e a Porca” da Companhia Fulano Di Tal, também foi atração em Ladário
É a terceira vez que o grupo se apresenta no Festival América do Sul Pantanal e, nesse ano, o grupo completa dez anos de existência. “A gente tinha grande expectativa com Festival porque já estamos com a peça há três anos. Estivemos no Festival de Inverno de Bonito e aqui em Corumbá está sendo incrível”, disse Marcelo Leite, diretor do espetáculo. “Está sendo um ponto alto, ontem durante a apresentação na Praça da Independência tinha muita gente saindo do trabalho para ver o espetáculo. É muito bom ver isso! Está sendo muito legal o teatro invadindo a cidade”, comemora Leite.
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