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Em reunião com Temer, Reinaldo vai pedir reforço na segurança de fronteira

Campo Grande News em 16 de Junho de 2016

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que reforçará a necessidade de a União investir na segurança na região de fronteira durante reunião na próxima segunda-feira (20) com o presidente interino Michel Temer (PMDB). O encontro vai reunir governadores de todos os estados.

Azambuja afirmou que na semana passada, quando esteve com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em Brasília, falou da necessidade da presença mais forte da União na fronteira, principalmente com maior investimento no efetivo. E isso será reiterado ao presidente Temer na reunião de segunda-feira.

O comentário foi feito por causa da execução do policial civil Aquiles Chuiquin Júnior, em Paranhos (a 469 km da Capital) na noite de terça-feira (14) e do empresário Jorge Rafaat Toumanin em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, ontem à noite. "O que vimos na região de Ponta Porã, dentro da cidade vizinha, em Pedro Juan Caballero, foi uma guerra aberta entre traficantes que poderia ter sido coibida se tivesse a presença das forças federais".

Reinaldo afirmou que o Governo do Estado vem fazendo o seu papel dentro das possibilidades, tanto que a quantidade de drogas apreendidas neste ano é três vezes maior do registrado no mesmo período do ano passado. O governador destacou que “em qualquer parte do mundo o País cuida de suas fronteiras” e no Brasil não pode ser diferente. "Existe um abandono por parte da União nesta região e em todas as fronteiras do Brasil, algo que é grave e sério, pois quando se abandona, esse espaço é ocupado por milicias e facções", comentou.

Quanto a questão do conflito agrário entre índios e fazendeiros, ao se referir a situação em Caarapó, onde um índio morreu e outros ficaram feridos, Reinaldo disse que vai defender junto ao presidente Michel Temer a proposta que ele já apresentou, de usar os recursos do pagamento da dívida do Estado com a União, para a compra de terras para resolver os conflitos agrários.

Pela proposta, os R$ 108 milhões que o Estado paga todos os meses à União, seriam depositados na conta do Fepati (Fundo Estadual de Terras Indígenas), criado em 2012 com a finalidade de arrecadar recursos para a compra de terras para a solução das questões agrárias. Essa sugestão já havia sido apresentada à presidente afastada Dilma Rousseff e ao então ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, mas não houve manifestação por parte do Governo Federal.