Campo Grande News em 25 de Fevereiro de 2015
Caminhoneiros continuam com protestos nas rodovias do Estado, mesmo com decisão da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul que manda a categoria encerrar a paralisação, sob multa de R$ 10 mil por cada hora que o bloqueio continuar. Os motoristas que estão no anel viário da BR-163, em Campo Grande, afirmam que vão continuar a paralisação, porque não receberam nenhuma ordem judicial. Uma das reivindicações dos manifestantes é contra alta do preço do diesel.
Há 37 anos na profissão, Roberto Sinai, 55 anos, diz que a paralisação é um pedido de socorro do caminhoneiro. “Fizemos de tudo para chamar atenção com o veículo rodando, mas nossos pedidos não foram atendidos”, afirma. Segundo ele, não compensa mais colocar o caminhão na estrada, pois o poder de compra só está diminuindo, enquanto os impostos aumentado cada vez mais. Os manifestantes liberam a passagem apenas de carro de passeio, ônibus, ambulância e caminhoneiros com carga viva.
Marcelo Calazans/Campo Grande News
No anel viário da 163, saída para Sidrolândia, congestionamento chega a 11 quilômetros
Roberto ainda diz que o óleo diesel não pode ultrapassar 45% do valor da receita e atualmente está em 65%. “Tanto os autônomos, quanto as empresas não têm mais como competir com outros estados”, reclama. A categoria afirma que não pretende parar com o protesto enquanto uma solução não for tomada. Para evitar acidentes, os manifestantes prometeram ficar na rodovia até o fim da tarde, no entanto, amanhã a paralisação será retomada nas primeiras horas do dia.
Em Campo Grande, o titular da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), Márcio Monteiro, vai se reunir com representantes de transportadoras às 16h na Secretária da Fazenda. Em Brasília, no Ministério dos Transportes, está marcada para às 14h reunião para negociar o fim das interdições nas rodovias do Pais.
Na Capital, os caminhoneiros bloqueiam rodovias em protesto pela diminuição da pauta fiscal sobre o óleo diesel. Entre as reivindicações ainda estão a redução do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) de 17% para 12% e a revogação da portaria do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) que estabelece a obrigatoriedade na vistoria em veículos com mais de cinco anos.
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