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Empurrador paraguaio bate em pilar da ponte sobre o rio Paraguai

Marcelo Fernandes em 26 de Agosto de 2014

Um empurrador de bandeira paraguaia transportando seis barcaças com carga de farelo de milho bateu contra um dos pilares laterais da ponte sobre o rio Paraguai, na região do Porto Morrinho, na madrugada desta terça-feira, 26 de agosto. A colisão aconteceu por volta das 03 horas.

O empurrador, acoplado às barcaças de carga, teria se soltado do local de onde estaria atracado e descido o rio Paraguai à deriva até se chocar contra um dos pilares laterais da ponte. O choque teria causado a abertura de um vão na ponte.

Empurrador transportava carga de farelo de milho para Assunção, capital do Paraguai

A Capitania Fluvial do Pantanal, subordinada ao Comando do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil, já abriu inquérito para apurar causas e responsabilidades do acidente. O encarregado da Divisão de Operações da Capitania, capitão de corveta Custódio, explicou que a apuração tem prazo de três meses para ser concluída. Ele informou ainda que a carga seguia para Assunção, capital do Paraguai.

“Disponibilizamos uma equipe com quatro militares e verificamos que houve a colisão num dos vãos da ponte. Foi na parte lateral à montante da ponte à esquerda. É uma embarcação que saiu do porto de Ladário, pediu despacho para a Capitania, com destino à assunção no Paraguai. É um rebocador-empurrador de nacionalidade paraguaia e sua tripulação também”, disse o capitão de corveta ao Diário Corumbaense. “É competência da Marinha abrir procedimento administrativo, que chamamos de inquérito administrativo sobre fatos da navegação para apurar causas, consequências e responsabilidades do acidente. Temos 90 dias para concluí-lo”, completou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Encarregado da Divisão de Operações da Capitania, informou que Marinha já tomou as medidas necessárias para apurar as responsabilidades

De acordo com o encarregado da Divisão de Operações, o acidente não impediu a navegação no trecho. “Não teve impedimento para a navegação, porque foi na lateral e não atrapalhou, até o momento, o tráfego aquaviário de comboios”, esclareceu. Segundo o capitão de corveta “a Marinha tomou as medidas necessárias, deslocamos ao local do ocorrido e abrimos esse inquérito para apurar as causas”. A embarcação que colidiu contra o pilar foi deslocada para o outro lado da ponte.

A concessionária que administra a ponte deve iniciar nesta quarta-feira, dia 27, o controle do tráfego de veículos, liberando a travessia de cada lado intercaladamente. Também é estudada a proibição de veículos acima de sete eixos, como caminhões que transportam minério, por exemplo. Ao longo de toda esta terça-feira, dia 26, o fluxo foi normal, mas com sinalização da área e redução da velocidade.

Três anos atrás

Em 08 de maio de 2011, o empurrador Doña Carmen de bandeira paraguaia transportando 16 barcaças de farelo de soja bateu contra o pilar central da ponte. Com a colisão um vão de cerca de 20 centímetros abriu-se na estrutura da ponte e o tráfego de veículos foi interditado por questões de segurança. A cidade ficou isolada por quase seis horas. Distante cerca de 70 quilômetros da área urbana corumbaense, a ponte é o  acesso terrestre que liga o município ao resto do país.

Arquivo Diário Corumbaense

Em 2011, empurrador, também do Paraguai, bateu contra o pilar central da ponte

O empurrador teria enfrentado problemas no leme que o impediram de evitar a colisão. Testemunhas disseram que as outras barcaças se soltaram com o choque e seguiram à deriva pelo rio Paraguai.

Comentários:

José Mendes: Tudo bem que o pedágio esta caro; mas não precisa quebrar a ponte.

Sérgio Serra Baruki: Infelizmente o que aconteceu ontem, e em 2011, voltará a acontecer. Não precisar ser vidente para isso. É uma certeza. E, sendo certeza, por que o Governo do Estado (ou Dnit) não executam as proteções em concreto armado para os pilares? Esse é o questionamento que um jornal deve fazer. Por que agora nós, corumbaenses, vamos ter que ficar alguns meses aguardando a licitação para os reparos devidos? Por que não antecipar o inevitável? Fico triste ao ver isso acontecer sem que empunhemos sequer um cartaz de protesto. Os paulistanos paralisaram a cidade por um aumento de 20 centavos na passagem. E nós? Vamos ficar prejudicados em nossas viagens para o resto do país por vários meses e não vamos dizer nada? Obrigado pelo espaço para o desabafo!

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