PUBLICIDADE

Bebê Arthur sofre duas paradas cardíacas e morre em Campo Grande

Gabriela Couto/Campo Grande News em 21 de Janeiro de 2024

Reprodução/Arquivo familiar

O pequeno Arthur lutou, mas não resistiu às paradas cardíacas

O bebê prematuro Arthur que aguardava por uma vaga de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal em Corumbá e que só conseguiu ser transferido no final da noite de sexta-feira (19) para Campo Grande, morreu neste domingo (21) na Maternidade Cândido Mariano.

Com apenas 26 semanas de gestação a criança sofreu duas paradas cardíacas na manhã de hoje e morreu. A mãe da criança, Edilaine Alves, já está retornando para Corumbá de ônibus. Ela está muito abalada por ter pedido o seu primeiro filho.

Arthur estava inicialmente na maternidade da Santa Casa de Corumbá, que não possui uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal. Nascido com apenas 750 gramas, o bebê chegou a ter uma parada cardiorrespiratória, mas foi reanimado pela equipe médica. A urgência do seu estado exigiu a transferência em uma UTI aérea, equipada com suporte avançado.

A mãe, relatou que a família chegou ao Aeroporto Internacional de Campo Grande por volta da meia-noite e deu entrada na maternidade por volta da 1h da manhã de sábado (20).

O processo transferência passou por um impasse. Em nota, a Santa Casa de Corumbá relatou que foi solicitada uma vaga para Arthur ao Sistema de Regulação Estadual, que inicialmente autorizou a transferência para o hospital de Três Lagoas.

No entanto, os voos contratados pela Santa Casa estavam destinados a Campo Grande. Somente no final da manhã de sexta-feira (19), foi concedida uma vaga para a Maternidade Cândido Mariano, na Capital.

Sem UTI neonatal

Embora seja uma das maiores cidades de Mato Grosso do Sul, Corumbá não possui UTI neonatal na rede pública. Isso obriga bebês que necessitam dessa assistência a serem transferidos para outras cidades. O município, classificado como macrorregião de saúde, enfrenta a carência desse serviço crucial.

A Prefeitura alega não haver previsão para a construção de uma unidade. "O que existe hoje é a reforma do Centro Obstétrico da Maternidade , que voltou para processo licitatório após desajuste com a empresa que tocava a obra", informou em nota.

PUBLICIDADE