Campo Grande News em 28 de Dezembro de 2023
Conforme o advogado, o resultado do laudo confirma que houve falha e omissão por parte dos organizadores em relação às necessidades dos fãs. “O objetivo da família é buscar o judiciário com um caráter punitivo para mostrar que a empresa errou e seja responsabilizada pelo dano que cometeu, bem como pedagógico para servir de exemplo para que outras famílias não passem pela mesma dor que a família da Ana Clara vem passando”, explicou.
Na época do evento, a cidade carioca enfrentava uma onda de calor extremo e registrou temperatura acima de 40ºC. A T4F (Time For Fun), produtora do show, foi criticada por impedir que os fãs entrassem no estádio com garrafas d'água. A polícia deve intimar representantes da empresa para depor sobre o caso.
O laudo da perícia comprova que Ana Clara não ingeriu bebida alcoólica, não consumiu substâncias tóxicas e não tinha doenças preexistentes antes do óbito. Ainda de acordo com João Paulo, inicialmente a família vai buscar a reparação dos danos na esfera cível.
“Entendemos que estamos com todos os elementos probatórios suficientes, ou seja, as condições climáticas no dia do evento, a falha da organização dificultando a entrada de água, a ausência de pontos de hidratação, o pronunciamento do próprio CEO da T4F reconhecendo os erros no dia da fatalidade”, disse.
As situações acima, conforme o advogado, deixam claro que a omissão da organização e das autoridades responsáveis pela fiscalização foi fator preponderante para a ocorrência da morte de Ana Clara.
Por nota, a T4F afirmou que “seguiu todas as melhores práticas de organização de eventos” e que “distribuiu milhares de copos de água", reiterando que em "mais de 40 anos de atuação, a empresa nunca havia registrado um episódio trágico como o ocorrido no Engenhão, decorrente de fator climático”.
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