Paula Maciulevicius - Ascom FAS 2023 em 10 de Novembro de 2023
Renê Marcio Carneiro
Cantor acumula décadas de carreira, discos e fãs de todas as idades e perfis
Os termômetros marcavam 31 graus em Corumbá, no Palco da Integração, na Praça Generoso Ponce. A sensação térmica, nem se fala, visto que só o show de Amado Batista levou 15 mil pessoas às ruas, segundo estimativa da Polícia Militar.
Amado Batista foi um pedido da Prefeitura do município, e ao que a noite demonstrou, era um clamor da própria população para ver o cantor que acumula décadas de carreira, discos e fãs de todas as idades e perfis, mesmo.
A gente pode considerar um artista pela emoção que ele provoca nas pessoas. Desde a pescadora aposentada que foi ao show mesmo depois de ter sofrido um AVC na semana anterior, até a criança de oito anos que cantava com a alma todas as músicas e a filha que levou um cartaz dizendo que estava ali realizando o sonho do pai, que partiu há quatro anos sem ver Amado Batista.
Renê Marcio Carneiro
Francieli, de 8 anos e Leila Rosa, fãs incondicionais de Amado Batista
A dona de casa Leila Rosa tinha em mãos fotos do cantor autografadas. Um dia antes do show, a corumbaense baixou imagens de Amado Batista do Facebook, e conseguiu entrar no camarim para que ele as autografasse.
“Eu cheguei 07h da noite aqui pra pegar este lugar”, conta a corumbaense na primeira fila mais próxima possível do palco. Fã há 28 anos do cantor, foi “Sonho Dourado” que embalou o início de amor dela com o marido, o pedreiro Gilson de Souza.
“Eu tô suando, não sei se é de nervosismo, de calor. Quando eu fiquei sabendo que ele vinha, pensei que fosse desmaiar de tanta emoção”, descreveu.
A segurança permitiu que uma criança fosse colocada à frente, em um assento que dá parte da grade colocada entre público e equipe da imprensa. Num primeiro momento, a reportagem chegou a pensar que fosse alguém perdido dos responsáveis, mas não. Era só uma fã mirim cantando de todo coração: “Desliga a luz e o telefone, amor. Fecha as cortinas do apartamento”.
Renê Marcio Carneiro
Público cantou e se emocionou do começo ao fim do show
“Boa noite, minhas princesas e meus príncipes. Que prazer estar aqui, eu estava morrendo de saudade de vocês”. E pronto, o público que tirou fôlego de não se sabe de onde permaneceu aos gritos de emoção.
Entre lágrimas, uma senhora chama atenção ao parecer sofrer e chorar também de alegria ao mesmo tempo. A história da pescadora aposentada Sirlei Ferreira é no mínimo peculiar.
“Nunca fui tão feliz igual eu tô hoje. Eu sou fã do Amado Batista, apaixonada por ele. Meu coração grita, e olha que eu tive um AVC semana passada, mas tô aqui hoje”.
Com um cartaz emocionante, daqueles feitos de cartolina, uma filha saudosa chorava a saudade do pai, seu Sebastião, violeiro que morreu há quatro anos.
“Este show está maravilhoso, eu estou aqui pelo meu pai, porque era um sonho dele ver Amado Batista”, explica.
Silvana cresceu ouvindo as músicas, mas não na voz de Amado, e sim do pai que tocava e cantava. “Quando me disseram que ele viria abrir o Festival, na minha cabeça eu tinha que estar aqui e trazer meu pai comigo. As músicas do Amado Batista representam a história do meu pai, e a minha também”, resumiu a filha.
Veja mais: https://www.festivalamericadosul.ms.gov.br/
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