Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 09 de Junho de 2023
COERÊNCIA: É o que se pede entre o discurso e a efetiva prática da política. No caso de Camila, peca pelo ‘nhenhenhém’ dos ‘paladinos da moral, Salvadores da Pátria’. É cedo para avaliar o potencial dela, mas esses senões forneceram combustível até aos companheiros de PT. As redes sociais que a elegeram já depredam a sua imagem.
ZÉ HENRIQUE: Morando na capital ainda respira a política de Aquidauana que administrou duas vezes. Iniciou na política como chefe de gabinete do prefeito Tico Ribeiro (1989/90); eleito prefeito em 1992; vice-prefeito de Felipe Orro de 2000 a 2008, prefeito de 2013/2016. Ainda foi candidato a deputado estadual em 1990 e 1998.
BOM PAPO: Advogado, fiel ao grupo político, viveu intensamente o dia a dia da cidade marcado pelo antagonismo partidário. Deixou sua marca, contribuiu com a cidade. Presente no Rotary, Aeroclube, Esporte C. Aquidauanense, Associação Comercial, e até foi o ‘patrão’ do Clube de Laço (diz ele ‘sem nunca ter laçado nada’).
MEMÓRIA: Quando é conveniente os políticos passam pano nas brigas passadas com desculpas esfarrapadas. Muitas por aí. Agora Puccinelli (ex-governador) minorou as rusgas com a ex-senadora Simone Tebet (MDB) quando ele esteve na prisão. ‘Apenas divergências já superadas’, justificou. Os políticos com suas verdades suspeitas.
REPETECO: Por alianças Puccinelli defende a união MDB - PSDB, esquecendo as farpas irônicas do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na última eleição. Também deve ‘ignorar’ o seu veto pessoal à candidatura (reeleição) ao senado de Valter Pereira (pai do deputado Beto Pereira) em 2010 em favor de Valdemir Moka no MDB. Mas presume-se que o deputado Beto (PSDB) se lembre do fato que prejudicou seu pai.
CONSERVADORA: Em 2022, Campo Grande foi assim: Bolsonaro (PL) 54,56% dos votos, Lula (PT) 34,57%, Simone (MDB) 6,76%, Tereza Cristina (PP) 52,56%, Mandetta (União) 20,08%, Odilon (PSD) 15,23%, Capitão Contar (PRTB) 26,64%, Puccinelli (MDB) 21,82%. Cada eleição é um cenário diferente por vários fatores, mas há sinais de sedimentação do eleitorado da direita.
CABOS ELEITORAIS: Transferir votos é difícil. Pedro Pedrossian não conseguia, ao contrário de Reinaldo Azambuja. Ha casos em que atrapalham o candidato. Ao obter em nossa capital apenas 34.502 votos para presidente da República e ter apoiado Lula no 2º turno, a ministra Simone Tebet atraiu a ira do eleitorado conservador. Portanto, ela está sem influência na sucessão da capital.
OPINIÃO: Sobre a movimentação nos bastidores e filiações partidárias, o deputado estadual João Henrique (PL) encara com naturalidade o processo de busca por espaços dos pretendentes em 2024. Segundo ele, seria cedo para conclusões, mas que as alianças em construção – podem ou não receber a aprovação da imprevisível opinião pública.
JR. MOCHI: Após 3 experiências amargas da Covid ele confessa que não é o mesmo: memória falha, fadiga, dores de cabeça e musculares. É a ‘Síndrome do Pós-Covid’ que ele se propõe a combater com a implantação de ambulatório especializado no Hospital Regional da capital Neste sentido apresentou indicação na Assembleia Legislativa. Um alerta para outros sobreviventes da Covid.
BASTIDORES: Eventuais novas vagas no Tribunal de Contas despertam interesses na Assembleia Legislativa. Sergio de Paula, ex-presidente do PSDB-MS é imbatível para a vaga número um; atende ao requisito idade para o cargo: mais de 35 e menos de 66 anos de idade. Se ocorrer a saída em definitivo dos 3 conselheiros afastados provisoriamente teríamos um desdobramento ‘interessante’.
EXPLICO: Os deputados Lídio Lopes (PP), Marcio Fernandes (MDB) e Paulo Corrêa (PSDB) se articulam pela vaga. Deles, Corrêa pode esbarrar no fator idade: no dia 24 de julho chegará aos 66 anos de idade. A saída é a aprovação de uma PEC ampliando para 70 anos a idade limite - cuja proposição dependeria de 8 assinaturas e de 16 votos favoráveis para aprovação. ‘Emoções a vista’. Numa casa política vale tudo.
O RELÓGIO: Indagações no salão nobre da Assembleia Legislativa: o governador usará de sua força para viabilizar e aprovar essa PEC? Como os demais deputados interpretariam a proposição? Com o recesso se aproximando haveria tempo hábil para as articulações de bastidores vencerem as resistências dos outros 2 deputados pretendentes?
NA INTERNET: Senhores e senhoras senadores e senadoras: Na sabatina que o advogado Cristiano Zanin terá em vossa casa perguntem a ele se o presidente Lula foi absolvido. Se responder que não, morre mais uma narrativa da esquerda. Se responder que sim, não tem notório saber jurídico.
EXÍLIO: Brasileiros provaram dele por 15 anos. O jornalista Fernando Gabeira viveu na Argélia, Chile, Itália e Suécia. Foi condutor de metrô e segurança de cemitério. No Uruguai, Leonel Brizola temia ser morto. Contam que ele atravessava a rua fronteiriça da cidade uruguaia de Chuy, só para comprar paçoca de amendoim no lado brasileiro.
GABEIRA: Deputado federal por 4 mandatos pelo PV e no PT. Em 2002 saiu decepcionado do partido e desabafou: “ Nossa geração não pode se contentar apenas estar no governo. Passei a partilhar desse erro da sociedade, que era esperar um governo salvador. Estou saindo deste clima sufocante das esperanças negadas. Meu sonho acabou, concluí que sonhei um sonho errado.”
ATENÇÃO: Práticas comerciais ‘criativas’ enganam o consumidor. Embalagens de um quilo reduzidas para 800 gramas com os preços mantidos ou até majorados. Pedaços de sabão e de outros produtos com peso menor, espertezas quase sempre despercebidas pelo consumidor que fica com a sensação da inflação sob controle. O país não é sério.
NO PARLAMENTO: Acompanhando as sessões sabe-se quem é quem. Até aqui é boa a postura do deputado estadual João Cesar Mattogrosso (PSDB). Desfrutando de bom trânsito junto ao Governo e colegas com seu estilo ponderado agradável - vem demonstrando coerência e bom senso nas suas ações parlamentares. Em frente.
DO SOCIÓLOGO: Como a política está fanatizada, a tendência agora é que a política siga o comportamento em voga. A pergunta que fica é: conseguirá o PT escapar da própria queda usando o velho recurso da política brasileira de sempre – e o qual ele mesmo já usou no passado – isto é, a velha corrupção? ” (Luiz Felipe Pondé)
PÍLULAS DIGITAIS:
O Brasil é o único país em que os ratos conseguem botar a culpa no queijo. (Millôr)
A presença dos congressistas é cada vez menor nos plenários e cada vez maior nos aeroportos. (José Maria Correa)
Por que um carro chamado de popular custa na faixa de R$ 60 mil? Popular é a sandália havaiana. (na internet)
Deve-se perdoar os inimigos, mas não antes que eles sejam enforcados. (Heinrich Heine)