Leonardo Cabral em 20 de Fevereiro de 2023
Luciane de Moraes/Diário Corumbaense Comissão de frente representou o amor de sua escola pela cidade e seu povo
Com o enredo “História da minha história”, a Verde e Rosa, pediu respeito pela sua trajetória, como dizia parte do samba-enredo, exaltando alguns dos enredos mais famosos já apresentados nessas mais de seis décadas, desde os carnavais de salão onde o Pierrot, Colombina, Arlequins e Palhaços eram figuras cotidianas nessa festa, se misturando com a história do casal, um carpinteiro e uma sambista, que com muita dedicação e amor, fundou a Império. Chaana, um homem trabalhador, um carpinteiro e Dona Venância, uma apaixonada pelo carnaval.
Logo na comissão de frente, a escola mostrou a “Paixão popular”, de forma tradicional apresentando a agremiação e saudando o público, convidando-o para a grande festa, representando as cores da bandeira corumbaense e o preto simbolizando o poder de ser uma das escolas mais campeãs dos carnavais da cidade, com 33 títulos do carnaval que no enredo aparece como 33 estrelas cintilantes.
No abre-alas, “Um livro de história” aberto, que anunciou o início da agremiação, vindo com um arco com o nome da agremiação e seu símbolo, a Coroa. Logo atrás, a primeira ala, “construtores de Sonhos”, com a fantasia constituída com elementos que representam as pessoas que trabalham na construção do desfile como: papel, lápis de cor, brilhos, tintas.
Luciane de Moraes/Diário Corumbaense
Casal de mestre-sala e porta-bandeira, Edelton e Valessa
No primeiro carro alegórico, uma referência a 2 grandes enredos da Império do Morro: “As minas do Rei Salomão” e “Perfume”. Composta de 08 destaques, à frente desse carro, o rei Salomão e a rainha de Saba, assim como mais 6 rainhas lançaram perfume na avenida.
As baianas, com a fantasia “Coroa”, representando a nobreza imperial e o símbolo da escola: A coroa Imperial. Nela, também veio a baiana Marilene de Fátima Fonseca Barreto, a mais antiga integrante da Império do Morro, que hoje tem parcialmente a visão, mas fez questão de estrar presente na avenida exaltando a história da agremiação. Ao Diário Corumbaense, Marilene, que veio em cadeiras de rodas, falou sobre a emoção de estar na Avenida.
“Sou da idade da Império, sou muito apaixonada pela escola, estou doente, com problema na visão e nas pernas, mas fiz questão e estar aqui desfilando. Fico emocionada, falei para o meu médico que sairia, tive dois infartos e ele me liberou. Minha família toda também faz parte da Império do Morro, não poderia faltar”, disse Marilene que passou cantando alegremente o samba-enredo da verde e rosa.
A escola também exaltou o enredo que homenageou Izulina Xavier, artista plástica renomada que adotou Corumbá como sua “casa”. Neste ano, a escola trouxe o enredo “As Mãos Divinas da Madame Izulina”. Izulina morreu em novembro do ano passado.
Outro enredo lembrado pela Império, foi a do Flamengo, considerado um dos grandes enredos da escola, homenageando o Rubro-Negro, com suas cores vermelho e preto.
Luciane de Moraes/Diário Corumbaense Carol Duarte, rainha da bateria após 12 anos; mestre João Victor e seus ritmistas deram show
Já a Rainha, Carol Duarte, marcou seu retorno à frente da bateria após 12 anos sem desfilar no posto. Ela foi ovacionada pelo público e deu um show a parte com muito carisma, simpatia e beleza.
No último carro alegórico, a escola de samba retratou a “Império do amanhã”, falando sobre o futuro da Império do Morro e um grande carnaval, exaltando o maior símbolo da escola, a coroa com 4 destaques. Também, atrás, a “Império lava a alma”. representada pelos umbandistas, religião que a fundadora Dona Venância, depositava a sua fé e os seus desfiles.
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