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Defesa de condenada por morte do enteado vai apelar para reduzir pena

Fonte: Campo Grande News em 11 de Março de 2020

A defesa de Jéssica Leite Ribeiro, 23, vai recorrer para tentar reduzir a pena de 17 anos e cinco meses por homicídio qualificado, aplicada pela Justiça após a condenação dela na noite de ontem (10) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Presa desde o dia do crime, em 16 de agosto de 2018, Jéssica foi condenada por matar o enteado, Rodrigo Moura Santos, de um ano e seis meses.

O advogado dela, Osmar Blanco, disse nesta quarta-feira (11) que vai apelar à segunda instância por entender que o julgamento não levou em conta as provas que fazem parte do processo. “Vamos recorrer ao Tribunal de Justiça dentro do prazo de cinco dias porque as provas não foram entendidas e julgadas conforme estão nos autos”, afirmou ele.

Osmar Blanco afirma entender que Jéssica cometeu homicídio culposo (sem intenção) e para tanto deve receber pena com base nesse crime. “Sabemos que foi um júri de muita repercussão e comoção social, mas os jurados precisam julgar com isenção. Houve um acidente, a criança caiu de uma bancada e sofreu as lesões que culminaram com sua morte”.

A defesa de Jéssica quer a mesma pena à aplicada ao pai do menino, o lutador de MMA Joel Rodrigo Ávalo dos Santos, 27, o “Joel Tigre”. A pedido da própria acusação, o júri condenou Joel a um ano e 15 dias de prisão por homicídio culposo. Como ele estava preso há quase um ano e sete meses, o juiz que presidiu o julgamento, Eguiliell Ricardo da Silva, expediu o alvará de soltura logo após a sentença.

Já em relação à Jéssica Leite Ribeiro, de quem o menino estava sob os cuidados quando morreu, os jurados entenderam que ela “agiu com dolo intenso, evidenciado pelas várias lesões apresentadas pela vítima, provocadas por diversas ações contundentes da ré para alcançar o óbito”.

Na sentença, o juiz cita também que Jéssica cometeu o crime na frente da irmã de Rodrigo. A menina de três anos à época, também filha de Joel Tigre, foi, segundo o magistrado, submetida a grande sofrimento em decorrência do ocorrido, conforme relatório psicológico anexado ao processo.

Após o julgamento, Jéssica foi levada de volta para o presídio feminino de Corumbá, onde está desde agosto de 2018. Na sentença, o juiz determinou que ela não poderá recorrer em liberdade, “para garantia da ordem pública”. Ele também negou a progressão de regime, benefício que a condenada só poderá solicitar após cumprir dois quintos da pena, ou seja, depois de sete anos em regime fechado.

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