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Oficiais presos em operação perdem função de confiança na Polícia Militar

Campo Grande News em 18 de Maio de 2018

Dois oficiais presos na Operação Oiketikus, deflagrada na quarta-feira (16) contra policiais militares envolvidos com a Máfia do Cigarro, perderam as funções de confiança. A “dispensa”, assinada pelo comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), coronel Waldir Ribeiro Acosta, foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (18).

Marina Pacheco/CG News

Ação do Gaeco e Corregedoria da PM fez 21 prisões

O tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva, que era o comandante da 1ª Companhia de Bonito, além de ser dispensado da função de confiança, teve a transferência decretada para o Comando Geral da PM, uma manobra para tirá-lo do comando na cidade do interior, já que ele está preso.

Em abril, o tenente-coronel recebeu R$ 25.373,35 de remuneração. O salário do oficial é R$ 22.851,93, mas ele recebeu também R$ 9.432,18 de “remunerações eventuais”, onde deve entrar valor referente à bonificação por exercer função de confiança, conforme consta no Portal da Transferência do governo do Estado.

Também perdeu o cargo de comandante o tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa. Ele comandava o 11º Batalhão de Jardim, foi transferido para o Comando Geral da PM e foi substituído pelo major Adriano Rodrigues de Oliveira, conforme publicado no Diário Oficial.

O oficial tem salário de R$ 22.851,93, recebeu R$ 2.576,60 de “remunerações oficiais” e R$ 17.586,88 em abril.

Além de Epíndola e Cristaldo Barbosa, o major Oscar Leite Ribeiro também foi preso. Ele comandava 2ª Companhia em Bela Vista, mas foi substituído no início do ano. No dia 11 de abril, o major publicou no Facebook que assumia “nova missão”, a de subcomandante do 4º BPM de Ponta Porã. Por enquanto, o nome dele não apareceu no Diário Oficial.

Operação

A Oiketikus foi deflagrada no início da manhã de quarta-feira em 16 cidades de Mato Grosso do Sul, a maioria delas localizada na rota do contrabando de cigarros. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

20 PMs foram presos, três oficiais e 18 praças. Todos eles já estão no Presídio Militar de Campo Grande. A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), também cumpriu 45 mandados de busca e apreensão.

Confira íntegra de nota divulgada pela Sejusp:

Em relação à Operação Oiketikus, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da PMMS, esclarece que todos os fatos atribuídos aos policiais militares, são objeto de procedimentos em andamento na Corregedoria da Polícia Militar, na Polícia Civil e na Polícia Federal, de acordo com a competência de cada órgão.

Concluídos os procedimentos, eles deverão ser enviados para o Ministério Público Estadual, Auditoria Militar Estadual ou Ministério Público Federal.

Quanto aos oficiais que ocupavam funções de comando ou subcomando de Unidade Policial Militar, todos foram afastados dos cargos e substituídos.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)

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