PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Oferecendo qualidade de vida aos praticantes, Equoterapia completa 11 anos em Corumbá

Ricardo Albertoni em 20 de Abril de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Equoterapia oferece tratamento buscando o desenvolvimento psicossocial de pessoas com deficiência ou necessidades especiais através de método terapêutico e educacional

Neste sábado, a partir das 11h, em comemoração ao 11º aniversário, celebrado nesta sexta-feira, 20 de abril, o Centro de Equoterapia Odilza Miranda de Barros, localizado na rua Gonçalves Dias, nº 2100, bairro Aeroporto, irá realizar uma promoção de arroz carreteiro e maionese. O custo é de R$ 20 e o objetivo é arrecadar fundos para realização de serviços de manutenção em geral.

A Associação é mantida em grande parte com recursos da Prefeitura através do Fundo Municipal de Desenvolvimento Social (FMIS) - destinado para pagamento de pessoal -, e por meio do Acordo de Cooperação Mútua junto à Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, que mantém o funcionamento da sede através do pagamento das contas e compra de alimentação dos animais.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A Associação é mantida em grande parte com recursos públicos e conta com apoio de parceiros

Os recursos destinados pelo Município são obtidos através de apresentação de projetos e só podem ser utilizados para os fins previamente estabelecidos. Por isso, de acordo com o presidente e diretor-administrativo do Centro, Evânancy Soares de Alcântara, a associação convive com a necessidade de realizar ações em parceria com a comunidade para manter o serviço em pleno funcionamento. Para saber como adquirir o cartão da promoção basta entrar em contato pelo telefone (67) 3907-5465 ou (37) 9 9688-9180.

Como surgiu

Reprodução

Alcântara e Milton de Souza Carvalho realizam o trabalho desde o início, atendendo os praticantes dentro do quartel da PM

Há 11 anos em Corumbá, a equoterapia oferece tratamento buscando o desenvolvimento psicossocial de pessoas com deficiência ou necessidades especiais através de método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação.

A equoterapia teve início ainda no quartel do 6º  Batalhão de Polícia Militar, por iniciativa da subcomandante, hoje tenente-coronel Neidy Nunes Barbosa Centurião.  Após a saída da oficial, Alcântara e Milton de Souza Carvalho, diretor-financeiro, passaram a conduzir o trabalho e ao lado de uma equipe de voluntários atendiam os praticantes dentro do quartel da PM. Com o tempo, reuniram a documentação necessária, se qualificaram e deram início oficialmente ao atendimento em Corumbá e região.

“Pra mim que não conhecia nada de equoterapia, acabei criando uma paixão, você vê o resultado, vê que está trabalhando para o bem, para melhorar o seu próximo, está recuperando pessoas que realmente precisam de você. Muitas vezes as pessoas tentam entender o por quê daquela criança ter deficiência. Não existe um por quê, existe o que deve ser feito e acho que nós somos enviados para fazer essa diferença”, disse Alcântara ao Diário Corumbaense.

Assim como as experiências vividas durante os onze anos de trabalho, Milton de Souza, revela que tem "propriedade" para falar dos benefícios da equoterapia. Avô da Gabrielle, hoje com doze anos, ele relembra a angústia de ter recebido o diagnóstico sobre a pequena na época e o quanto a menina evoluiu com o tratamento.

“A Gabrielle, que é o nosso xodó, nossa garota propaganda, desde os dois anos de idade ela pratica a equoterapia, então, posso falar com muita propriedade. Ainda estava na ativa como sargento da Polícia Militar e fui convidado para participar do trabalho pelo comandante Alírio Vilasanti e minha neta foi uma das primeiras praticantes. Ela tinha sido diagnosticada pela médica que talvez nem andasse, mas, hoje, corre, tem suas dificuldades na fala, tem suas limitações, mas graças a Deus tem alguma independência, come sozinha, vai ao banheiro sozinha, consegue se comunicar com a gente. Ela está com 12 anos, esse ano demos a alta pra ela, mas continua fazendo parte daqui. É uma coisa maravilhosa. Fora a Gabriele, temos outras mães que estão com a gente desde o início, que têm testemunhos também igual ou até mais bonito que o meu para falar sobre essa evolução das crianças. Em alguns casos não conseguimos ter algum ganho importante, mas há uma melhora expressiva na qualidade de vida”, explicou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Gabriel Vilalva, de cinco anos, está em tratamento há dois anos e já apresenta evolução

Além de praticantes com paralisia cerebral, caso de Gabriele, a associação atende deficientes físicos, portadores de distúrbios neurológico que prejudicam o desenvolvimento da comunicação e das relações sociais, como o autismo, pessoas com déficit de atenção, de comportamento, entre outras necessidades especiais. Gabriel Vilalva, de cinco anos está em tratamento há dois anos. A mãe, Sílvia Vilalva, destacou a melhora do menino durante o período e a qualidade do atendimento recebido.

“Vão fazer dois anos que o Gabriel está fazendo equoterapia por recomendação da neuropediatra dele. O Gabriel é autista. Quando a gente entrou aqui, tínhamos muita dificuldade com ele, tanto no comportamento quanto na alimentação e nesse período observamos uma evolução diária, tanto em casa quanto na escola. Hoje, ele faz muitas coisas sozinho e isso tem nos ajudado bastante. Toda família que entra aqui é bem recebida, bem acolhida por eles e só tenho a agradecer”, relatou Sílvia.

A sede do Centro de Equoterapia fica na rua Gonçalves Dias, nº 2100, bairro Aeroporto. O telefone de contato é o (67) 3907-5465.

PUBLICIDADE