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Após vitória no primeiro confronto, Corumbaense vai buscar recuperação de jogadores

Ricardo Albertoni em 01 de Abril de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Corumbaense venceu o primeiro jogo pelo placar de 1 a 0

O Corumbaense saiu na frente do Operário no confronto de 180 minutos que vai definir o campeão sul-mato-grossense de futebol de 2018.  Com a vitória pelo placar de 1 a 0, gol marcado por Mutuca aos 16 minutos do primeiro tempo o “Carijó da Avenida” reverteu a vantagem do adversário e agora só depende de um empate em Campo Grande para conquistar o tricampeonato estadual, segundo título consecutivo do clube na competição.

Com as duas arquibancadas lotadas, os times entraram em campo carregando faixas lembrando o dia 02 de abril, dia Mundial da Conscientização do Autismo, sobre a prevenção de acidentes de trabalho da Secretaria de Saúde e homenageando o ex-prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, que faleceu há exatos cinco meses. A faixa em homenagem ao ex-prefeito foi levada pela secretária Especial de Cidadania e Direitos Humanos Beatriz Cavassa, viúva de Ruiter e pelo filho dele, Rodrigo Cavassa.

“Cinco meses com a ausência física do Ruiter e o Corumbaense vai entrar em campo. Tenho certeza de que ele estará vibrando junto conosco, mais do que nunca torcendo e se Deus quiser sairemos vitoriosos”, disse Beatriz ao Diário Corumbaense. 

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Goleiro Pereira, do Operário, teve boa atuação, principalmente no primeiro tempo, quando foi bastante exigido

Antes de a bola rolar, o prefeito Marcelo Iunes destacou a temporada positiva do clube  em 2018 e frisou que o título depende do que for apresentado dentro de campo. “O Corumbaense já é destaque em nível estadual, um time que chega no mínimo às quartas de final, uma equipe que está em uma crescente. Hoje, o Corumbaense tem tudo para disputar e se destacar em nível nacional, tem uma boa torcida que prestigia o time em todos os jogos e os jogadores estão conscientes disso. Resultado é consequência do jogo e quem errar menos vai ganhar esse título. O importante é jogar com muita garra e determinação”, ressaltou o prefeito.

Após o apito do árbitro Paulo Henrique Vollkopf, o Corumbaense fez um bom primeiro tempo, mas pecou novamente na definição das jogadas. Logo aos 13 minutos, Jorginho perdeu um gol cara a cara com o goleiro Pereira, do Operário. Aos 16 minutos, Mutuca não desperdiçou. Após driblar Rodrigo Arroz, o volante chutou de fora da área e a bola foi parar no canto direito do gol operariano.

O Corumbaense continuou pressionando o adversário e desperdiçando chances durante os 45 minutos iniciais. O “Galo da Capital” seguiu com sua proposta de jogo de explorar o contra-ataque. Somente aos 32, o Operário teve sua primeira grande chance com o experiente Rodrigo Grhal que após receber dentro da área chutou pra fora. No fim da primeira etapa, o Corumbaense teve chance de ampliar o placar com Guilherme e Jorginho, mas foram impedidos por Pereira.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Corumbaense agora joga por um empate no próximo domingo (08)

No segundo tempo, o Corumbaense voltou mais cauteloso e não se lançou ao ataque. O time da casa teve alguns lances isolados ao seu favor como aos 17, quando Agnaldo acionou Valdinei na esquerda que tocou para o meio da área e William chutou por cima. Mas, com exceção de algumas escapadas do Carijó da Avenida, foi o Operário que esteve mais tempo no campo do adversário, porém, dificilmente invadiu a área.

Com o setor defensivo do Corumbaense bem postado restou ao Operário tentar o empate arriscando chutes de longa distância e cruzando bolas na área do “Galo Pantaneiro”. A saída de Agnaldo para a entrada de Neto aos 20 minutos deixou o Corumbaense com problemas no meio de campo, o que foi parcialmente resolvido 10 minutos depois com a entrada de Da Matta no lugar de William. Aos 36 minutos, o goleiro Guilherme do Corumbaense mostrou que não só os goleiros visitantes têm boa atuação no Arthur Marinho. Ele defendeu uma grande chance do Operário que saiu da cabeça do zagueiro André Paulino.

“Temos que estar bem preparados, trabalhamos diariamente com o professor Nelson (Barreto) – preparador de goleiros – não só eu como os outros goleiros, então, temos que estar prontos para quando o time precisar da gente”, disse o goleiro do alvinegro pantaneiro.

Explorando o contra-ataque e contando com a grande atuação do setor defensivo, o Corumbaense quase chegou ao segundo gol aos 37 com Robinho e aos 43 com Valdinei, mas, mesmo com pressão do Operário nos minutos finais, o jogo terminou em 1 a 0 para o Corumbaense. O resultado foi comemorado pela torcida que compareceu ao Arthur Marinho. Foram mais de 4,3 mil pessoas nas duas arquibancadas.

Ao Diário Corumbaense, o técnico Gianni Freitas reconheceu a qualidade do Operário, destacou o resultado e afirmou que o objetivo agora é trabalhar na recuperação dos atletas para o próximo jogo. Com uma semana de trabalho pela frente, o treinador disse que só poderá contar com os atletas que participaram da partida, a partir da quarta-feira.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Novamente a torcida do Corumbaense compareceu e fez a diferença no Arthur Marinho; bandeirão com o rosto de "Negão" ídolo do clube, estava na arquibancada

“Nós temos que nos apegar a esse resultado que foi merecido. Vimos o nível do Operário que não está nessa final à toa. É uma equipe que se credenciou e trabalhou muito para estar aqui hoje. Dentro da proposta que nós havíamos trabalhado, permitimos a eles a finalização de longa distância e não a finalização dentro da área, o que deu mais tranquilidade para o Guilherme. Todo placar é perigoso se você não tiver atenção, foco, concentração e acima de tudo comprometimento para manter esse placar. Gostaria de ter essa semana toda de trabalho, mas infelizmente grande parte dessa semana será utilizada para recuperar esses atletas. Estamos com baixas grandes, em algumas posições específicas que não serão fáceis supri-las, então esperamos contar com o máximo do elenco para que a gente faça uma grande partida em Campo Grande”, contou Gianni.

O autor do gol do Corumbaense, o volante Mutuca, é um dos jogadores que precisam se recuperar para a decisão. O atleta, que saiu aos 33 do segundo tempo para a entrada de Salomão, disse que jogou no sacrifício após sentir lesão ainda no primeiro tempo. “Sabíamos que seria um jogo difícil, mas Deus nos abençoou com essa vitória. Sabemos da dificuldade do jogo em Campo Grande, mas vamos trabalhar e manter o foco porque a possibilidade de conquistar o título é grande. Senti um estiramento ainda no primeiro tempo, fui na superação e agora é recuperar e trabalhar para estar no jogo do próximo domingo", afirmou.

Nada decidido

Do lado operariano, o lateral Da Silva reforçou que nada está decidido. Segundo o jogador, o time de Campo Grande vai se empenhar para buscar o resultado em casa no próximo domingo. "Sabemos que temos que melhorar. A equipe do Corumbaense está de parabéns. Tentamos pressionar no segundo tempo, mas eles suportaram bem. Agora é fazer uma boa semana para que a gente consiga fazer o dever de casa e saia com o título. Assim como eles venceram aqui, podemos vencer lá, ainda faltam 90 minutos e esperamos sair com o resultado positivo na próxima partida para levantar essa taça", destacou Da Silva.

Decisão inédita

Com o resultado, o Corumbaense reverte a vantagem do Operário e precisa apenas de um empate para ser campeão no próximo domingo, no Morenão, em Campo Grande. Para o “Galo da Capital”, basta uma vitória simples para levantar a taça vinte e um anos depois da última conquista.

A final entre Corumbaense e Operário deste ano é inédita, já que o confronto entre as duas equipes pelo título de 1984 foi anulado pelo Conselho Nacional de Desporto, que aceitou recurso do Clube Atlético Douradense contra o Operário. Na época, o Corumbaense foi obrigado a jogar as finais novamente e ratificou o título ao vencer o CAD, em julho de 1985, nas duas partidas disputadas, com gols de Negão.

 

Galeria: Corumbaense 1 x 0 Operário

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