Lívia Gaertner em 14 de Março de 2018
Mais de dois mil policiais foram empregados em ação que terminou com saldo de seis pessoas mortas e apreensões no presídio de Palmasola, na cidade de Santa Cruz de la Seirra, na Bolívia, distante pouco mais de 600 quilômetros da fronteira com Corumbá. A ação contou com homens de diversos grupos policiais daquele país, entre eles Felcc, Felcn e Utop, que entraramno estabelecimento penal por volta das 04 horas da manhã desta quarta-feira, 14 de março, informou o jornal El Deber.
Reprodução/El Deber
Ação policial foi deflagrada hoje após motim no dia 05 de março
O acesso de pedestres e veículos em áreas próximas ao presídio foi bloqueado e, durante a ação, também foi utilizado um helicóptero e cães como apoio. O grande aparato mobilizou parentes dos presos, apreensivos com a atuação no interior do presídio.
A ação foi deflagrada pouco mais de uma semana após um motim que gerou a fuga de seis detentos de Palmasola. Apenas quatro dos fugitivos foram recapturados. O alvo do grande aparato policial foi o setor PC-4 (Regime Aberto) que foi apontado pelas autoridades como aquele onde estariam os instigadores e responsáveis pelo motin realizado no dia 05 de março.
Houve confronto entre policiais e um grupo de presos que, segundo o vice-ministro de Regime Interior, José Luis Quiroga, resistiu à ação de hoje. Gases lacrimogênios foram usados em direção ao PC-4 de onde os internos respondiam atirando objetos contra a força policial.
Alfonso Mendoza, comandante geral da Polícia, acrescentou: “Estamos reestruturando o controle interno e externo de Palmasola. De agora em diante não haverá nenhum tipo de privilégio a ninguém, todos são internos. A disciplina será imposta”, afirmou.
Durante a ação, seis detentos morreram, cujas identificações ainda não foram confirmadas. Quatro policiais também foram feridos no confronto no interior do presídio, onde houve ainda a apreensão de drogas, bebidas alcoólicas, garrafas e armas de grosso calibre.
Palmosola é considerado um dos maiores presídios da Bolívia com milhares de detentos, entre eles, mulheres e até crianças que vivem junto às mães condenadas.
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