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Suspeitos de morte de policial e de decapitações são levados para Campo Grande

Campo Grande News em 10 de Março de 2018

Adilson Domingos

Policiais dos Garras colocando presos em viatura

Pelo menos quatro membros do PCC suspeitos de estarem envolvidos na execução do policial civil de Ponta Porã foram levados para o Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) em Campo Grande. 

Os quatro e outros dois foram deportados para o Brasil na quinta-feira (08). Porém, depois de ficarem em Ponta Porã, Mauro Roni Marques de Souza, Leonardo Caio dos Santos Costa, Thiago Bruz de Oliveira e Welington Felipe dos Santos Silva foram levados para Dourados e depois foram para Campo Grande onde devem ser interrogados.

Eles têm mandados de prisão no Brasil e a suspeita é que os quatro também estejam envolvidos com decapitações e assassinatos na Capital. A prisão do bando ocorreu na terça-feira (06) de manhã em Ponta Porã. A reportagem tentou contato com a Polícia Civil, mas foi informada que o caso está em sigilo.

Assassinato

O policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37 anos, foi executado na terça-feira (06) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. Fontes ouvidas pelo jornal ABC Color, o mais importante do Paraguai, revelaram que pouco tempo antes de ser morto com 30 tiros de fuzil AK-47 calibre 7.62 em frente à sua casa na Vila Reno, o policial sul-mato-grossense esteve no quartel da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero.

No local, Wescley teria coletado as impressões digitais de seis brasileiros, membros do PCC, presos no lado paraguaio da fronteira. O objetivo seria confirmar se os detidos usavam identidades falsas e se eram procurados no Brasil. Ele teria ido ao território paraguaio acompanhado de uma estagiária da Polícia Civil, que também foi atingida pelos tiros, mas está fora de perigo.

Conforme o ABC Color, assim que saiu da sede da Polícia Nacional em Pedro Juan em um Fiat Siena preto descaracterizado, mas pertencente à frota oficial da Polícia Civil, Wescley foi seguido pelos pistoleiros em um Honda Civic e executado no meio da rua.

Para policiais paraguaios, o agente da Polícia Civil sul-mato-grossense já estava na mira da facção criminosa que domina o tráfico de drogas e de armas na divisa com Mato Grosso do Sul. Ele seria responsável em coletar as impressões digitais de bandidos brasileiros presos em Pedro Juan, por isso por jurado de morte pela facção.