Lívia Gaertner em 07 de Fevereiro de 2018
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Cada escola teve 30 minutos para fazer os últimos ajustes na avenida
“Num primeiro momento, fui bastante criticado por propor o desfile num único grupo, mas eu sabia que, na hora, que as escolas pequenas tivessem oportunidade de poder disputar de igual para igual, elas iriam mostrar a grandeza delas. Tenho certeza que esse carnaval vai ser grandioso”, disse ao Diário Corumbaense, o presidente da Liesco, Zezinho Martinez ao lembrar que outra novidade implantada esse ano deve deixar as escolas mais atentas ao passar pela avenida: o jurado virtual.
“Todas as discussões sempre são por causa de sapatilhas, esse ano vamos estar vigilantes a isso e pode ter certeza que o jurado virtual vai ser fundamental avaliando tudo desde a ponta do pé até o final do cabelo’, afirmou.
Se o julgamento vai estar mais exigente, os responsáveis por cada quesito não podem vacilar e por isso mesmo um ensaio no lugar onde a festa irá acontecer daqui a alguns dias é essencial, conforme contou o mestre de bateria da A Pesada, João Victor Ibarra.
“A nossa quadra é fechada e o som dos instrumentos se dobra em quatro ou cinco vezes, dá uma acústica boa, por isso eu queria muito participar do ensaio técnico para ver como funcionará nosso trabalho no dia do desfile, que acontece em lugar aberto. Hoje, vamos ajustar tudo, exatamente como vai ser na avenida: as coreografias, as bossas”, contou.
Sentir a passarela do samba numa prévia de desfile é tão mais importante ainda para quem como a porta-bandeira Lúcia Baruki retorna para a avenida após um hiato de 10 anos da competição.
“Estou voltando com toda a garra e o ensaio já faz a gente sentir como se estivéssemos no dia: o trajeto, a energia do público, então para nós é primordial esse momento porque já começamos essa troca de energia tão vibrante do carnaval”, declarou a porta-bandeira que defenderá as cores da escola de samba Acadêmicos do Pantanal.
Responsável pela comissão de frente da escola de samba Caprichosos de Corumbá, o coreógrafo Anderson Nunes confessou que o ensaio técnico é o ultimato do trabalho iniciada há alguns meses.
“Mudamos a coreografia agora mesmo, questão de meia hora porque, junto ao carnavalesco, achamos que não atenderia ao que queremos para o desfile, e isso percebemos aqui na avenida porque temos a real noção da marcação, do ritmo da bateria, aqui é como se fosse um aulão antes do vestibular”, comparou Nunes que também é professor.
Público prestigiou ensaio que seguiu até mais de 01 hora da manhã com dez escolas
Um dos intérpretes da Estação Primeira do Pantanal, Lilico explicou que a chance de testar o som na passarela do samba é primordial para uma boa apresentação.“A voz do intérprete precisa estar ajustada com os demais instrumentos como o cavaco e aqueles que integram a bateria, então o clima que temos no ensaio técnico é que o carnaval começou agora, descemos como se estivéssemos sendo avaliados”, comentou.
Já para quem não pode economizar no samba no pé, passar antes pela passarela do samba serve como um trunfo a mais na hora que a competição se iniciar com o desfile.
“O ensaio é bom porque nos dá um conhecimento dos vários tipos de calçamento, por isso a gente já vem com o salto e a gente que se monta, musas, rainha e passistas, queremos fazer bonito. Para nós, o carnaval já começou”, afirmou a Musa Gay da escola de samba da Vila Mamona, Lethycia Aguilar.
O prefeito Marcelo Iunes, um dos responsáveis pela manutenção do ensaio técnico, acompanhou a passagem das escolas pela avenida na noite de terça-feira e avaliou que o bom público presente já torna possível que este momento seja incluído com nova data dentro do calendário da folia.
“Foi uma insistência da Prefeitura porque ano passado acabou não acontecendo e foi uma decepção para os foliões. Conseguimos transferir para a terça-feira e estamos estudando para os próximos anos começar o carnaval com o ensaio técnico na terça-feira. Hoje, o movimento está muito bom, as escolas com mais integrantes”, disse ao Diário Corumbaense.
“O que a gente espera de coração é que todas as escolas façam um bom desfile. Se não for o melhor, vai ser um dos melhores de todos os tempos. Temos as escolas mais profissionalizadas, grandes shows nacionais, é muito importante a população curtindo e por isso estruturamos mais a passarela do samba com arquibancadas para acomodar melhor os foliões”, falou.
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