Notícias MS em 02 de Julho de 2016
O estado de Mato Grosso do Sul vai contar com um núcleo permanente de inteligência e informação, que será integrado inicialmente por quatro forças policiais, entre federais e estaduais, com objetivo de elaborar ações estratégicas de combate ao crime organizado na região de fronteira. A medida foi divulgada pelo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira (1º) após reunião na sede da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP). Além do Estado, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, irão integrar o programa inédito do Ministério da Justiça.
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Além do MS, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, irão integrar o programa inédito do Ministério da Justiça
A reunião contou com a participação do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame e do secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita.
O ministro da Justiça e Cidadania explicou que o objetivo dos núcleos é criar uma atuação conjunta de proteção das fronteiras. Representantes de quatro forças de segurança – polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal – integrarão o grupo em cada um dos estados para possibilitar uma troca de informações e organização de operações sistemáticas e conjuntas.
“Cada uma das polícias cederá uma equipe e trabalhará em conjunto para somar todas as suas informações e dados”, disse Alexandre de Moraes. “Essas agências federativas de inteligência vão possibilitar, pela primeira vez, que as quatro polícias atuem em conjunto”, completou. Para ele, a ação dá início “a uma nova fase” no combate a esses crimes.
O ministro explicou, ainda, que a ideia é criar agências federativas em todos os estados. Segundo ele, a medida começará por Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná porque são estados próximos e que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia, de onde vêm os materiais traficados e contrabandeados. São Paulo e Rio de Janeiro também participam deste início do projeto porque são os principais consumidores dessa mercadoria ilegal.
O secretário de Justiça e Segurança de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, ressaltou que a ideia inicia um novo processo de diálogo e de proteção às fronteiras. “O Mato Grosso do Sul vai se juntar com suas forças”, disse. “Se protegemos as fronteiras, protegemos toda a sociedade brasileira”, completou. Segundo o secretário, é mais fácil proteger as fronteiras do que lidar com as armas que depois chegam aos estados.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo disse que está muito satisfeito com a iniciativa do Ministério da Justiça. “Com as polícias trabalhando unidas no combate a essas ações delituosas, está fadada ao sucesso”, disse. “ trará, em breve, resultados positivos a todos os organismos envolvidos e à sociedade brasileira”, completou Mágino.
O ministro da Justiça e Cidadania explicou que o objetivo dos núcleos é criar uma atuação conjunta de proteção das fronteiras
Trabalho conjunto
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Justiça detalhou que cada núcleo estadual poderá apresentar demandas específicas a outros ministérios, como o da Defesa e de Relações Exteriores, e à Casa Civil, além do próprio Ministério da Justiça e Cidadania. “É uma nova política de proteção das fronteiras contra esses crimes transnacionais”, falou Alexandre de Moraes.
Além da troca de informações e trabalho de inteligência que serão desempenhados nos núcleos, também será feito um policiamento mais ostensivo das fronteiras. O ministro da Justiça pretende lançar uma medida para que policiais militares inativos, há cinco anos, possam integrar a Força Nacional para proporcionar um patrulhamento mais eficiente.
Os representantes dos cinco estados deverão, nos próximos dias, indicar os componentes dos núcleos, que devem ser policiais já atuantes na área de inteligência. Nas próximas semanas será feita uma reunião para que os órgãos possam começar a atuar dentro de 15 dias mais ou menos. Os membros serão deslocados de seus departamentos originais para trabalharem exclusivamente nos núcleos.
Também participaram da reunião, na sede da SSP/SP, representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública e das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar.Na próxima semana, deverá ser publicada a portaria que cria oficialmente os núcleos.
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