Da Redação em 28 de Abril de 2016
O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul recomendou à Diretoria Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que reavalie os critérios de distribuição de policiais rodoviários federais ao longo da faixa de fronteira, especialmente em MS. O objetivo é evitar que a redução do efetivo no estado ocasione o fechamento de postos recém-reformados e prejudique a segurança pública por falta de fiscalização.
Segundo informações obtidas pelo MPF, dos 579 novos policiais a serem nomeados, apenas 20 serão lotados em Mato Grosso do Sul – estado que já possui número insuficiente de policiais e que, nos últimos anos, contabiliza grande número de aposentadorias.
“A título de comparação, o estado do Ceará, com 2191 km de rodovias federais pavimentadas, tem 419 servidores. Já Mato Grosso do Sul, com 3822 km de estradas federais (74% a mais) possui apenas 403 policiais”. A situação ainda é agravada pela dupla fronteira do estado, com a Bolívia e com o Paraguai.
Contrastes
Apesar do baixo efetivo, a produtividade dos PRF’s no estado é destaque no país. Só em 2015, 34% de toda a carga de cigarro, 24% da de cocaína e 35% das apreensões de maconha realizadas no Brasil foram em Mato Grosso do Sul.
No ano passado, R$ 3.961.371,00 foram gastos em reformas de postos rodoviários no estado, além a implementação de moderno sistema de rádio digital. “Apesar dos avanços estruturais, se a baixa destinação policiais a Mato Grosso do Sul se concretizar, haverá a malversação de recursos públicos, já que o efetivo insuficiente obrigará o fechamento de postos recém-reformados”, enfatiza o MPF.
A Diretoria Geral da PRF tem 15 dias para informar o acatamento da recomendação ou justificar razões para seu não atendimento. As informações são da assessoria de comunicação social do MPF/MS.
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