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Mesmo com atentados e clima tenso, drogas continuam a entrar na Máxima

Campo Grande News em 22 de Abril de 2016

Após nove dias da operação pente-fino dentro do Presídio de Segurança Máxima, que foi estopim para onda de atentados em Campo Grande, drogas continuam a entrar na unidade penal. Somente nesta sexta-feira (22), ao menos oito quilos de maconha foram apreendidos na unidade penal depois de serem arremessados pela muralha.

É o que revela o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso do Sul) André Luiz Garcia Santiago. Segundo ele, o sindicato ainda não contabilizou o número de apreensões este ano na Máxima. Porém, somente no dia da ação, na quarta-feira passada (13) ao menos 67 celulares, chips e bebidas artesanais foram apreendidos.

E os materiais e produtos ilícitos, conforme ele, entram das maneiras mais inusitadas possíveis. “Diariamente drogas são arremessadas pela muralha, sem mencionar celulares e outros entorpecentes que chegam por meio de pipas e até nos alimentos”, afirma.

O que preocupa Santiago não é só o número de agentes, que é insuficiente para o tamanho da população carcerária e assim dificulta o controle das unidades penais, mas também a estrutura do local, que é precária.

Prova disso é a fuga de um detento da unidade, membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), no dia 02 de janeiro deste ano. Geraldo de Souza Neto, 37 anos utilizou uma corda confeccionada com lençóis, conhecida como “Teresa”, escalou o muro com cinco metros de altura e ainda usou uma barra de ferro serrada de uma das celas como apoio. Na data foram levantados várias questões que podem ter contribuído para a fuga do detento, entre elas: a cerca elétrica não estar funcionando e até pouca vigilância na muralha, que é realizada pela Polícia Militar.

Outro fato que chama a atenção para a falta de estrutura é que a ordem para os ataques de cinco ônibus partiu de dentro do presídio em retaliação a uma ação “pente-fino” realizada por agentes penitenciários de MS e do Distrito Federal, no último dia 13. Depois dos atentados, três detentos foram mortos em unidades penais, seis agentes envenenados com um café “batizado” com raticida e ameaças de morte aos funcionários da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

A reportagem tentou entrar em contato com o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa por meio de seu celular, que estava desligado.

 

Comentários:

rodolphy daniel: é isso que da defender bandido...os caras pintam e bordam na cara da policia...se tivesse pena de morte ou uma lei mais rigorosa pra bandido,vagabundo nao ia folgar...