Campo Grande News em 14 de Abril de 2016
Marcos Ermínio/Campo Grande News
O segundo ônibus foi incendiado pertence a uma igreja e hoje (14) de manhã ainda estava no local
O preso que deu a ordem para os ataques também foi identificado, mas a PM não informou se ele é realmente integrante do PCC (Primeiro Comandado da Capital), facção criminosa que tem membros nos presídios do Estado. Esta é a primeira vez, de acordo com a PM, que ataques como este acontecem em Mato Grosso do Sul. A polícia também confirmou que tanto na Capital como no interior as ações foram realizadas em represália a “Operação Pente-Fino”, que aconteceu na quarta (13) na penitenciária.
Novos ataques podem acontecer, por isso a PM afirmou que equipes continuam na rua para obter mais informações sobre o ataque e evitar que outras ações aconteçam. "Toda a polícia está em alerta. O serviço de inteligência está na rua para levantar dados e evitar novos ataques", afirmou Ovelar.
No interior os motins aconteceram nos presídios de Três Lagoas, Ponta Porã, Dourados, Corumbá e Dois Irmão do Buriti.
Em nota, a Agepen informou que não houve motim, mas uma "manifestação" por parte "de alguns internos do Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá". Segundo a Adminstração do Sistema Penintenciário, os internos que se manifestaram eram contrários "a uma operação pente-fino realizada na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Os presos se recusaram a ser recolhidos no final do banho de sol, mas após a direção da unidade conversar com eles a situação foi rapidamente resolvida e a unidade está tranquila no momento".
Prisões e ataque
Até agora três homens foram presos e três adolescentes apreendidos - sendo uma mulher -, na região do bairro São Conrado, suspeitos de ligação com os ataques aos ônibus, na madrugada de hoje (14). As ações aconteceram em bairros da região Sul, em Campo Grande. A PM informou que procura agora pelo sétimo envolvido no crime, que também foi identificado, mas ainda não está preso.
Jean Barros Pierre, 39 anos, o filho dele, Adrian Pierre, 18 anos, e Jéferson Ricardo Oliveira, 20 anos, foram encaminhados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. Eles foram encontrados após entrevistas com os passageiros e o motorista do ônibus incendiado no Aero Rancho. O condutor afirmou que o criminoso estava no veículo, como passageiro, atirou e mandou que todos saíssem. Em seguida o homem ateou fogo no ônibus. Após a prisão dele a polícia chegou aos demais integrantes do grupo, responsáveis pelos ataques.
Durante a madrugada, dois ônibus foram incendiados e um apedrejado. Em um dos casos de incêndio, as chamas atingiram a fiação elétrica da rede de energia. Tudo indica que a ordem para os atentados partiu de presidiários, que foram submetidos a revista por agentes penitenciários recém-formados no curso de intervenção rápida em presídios.
O primeiro caso ocorreu na rua Expedicionário Alcindo Jardim Chagas, no Jardim Aero Rancho. Segundo relatos do motorista a empresária Cristiane Reis, 36 anos, moradora no local, dois homens encapuzados e armados abordaram o coletivo, que seguia no sentido Centro. O condutor e os passageiros foram obrigados a descer, enquanto os dois jogaram gasolina e atearam fogo. “Em questão de minutos, o ônibus foi consumido pelas chamas e teve até explosão”, lamentou.
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