Da Redação em 11 de Março de 2016
Numa reunião que parecia ter sido convocada às pressas, realizada na tarde da quinta-feira, 10 de março, representantes de órgãos de segurança pública do Brasil e da Bolívia voltaram a discutir como atuar conjuntamente no combate ao crime, nessa região fronteiriça, sem ferir as legislações dos dois países. Representantes do 6º Batalhão de Polícia Militar; Polícia Civil; Guarda Municipal; Polícia Boliviana; Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (FELCN) e Direção de Investigação e Prevenção ao Roubo de Veículos (Diprove), participaram da reunião, no quartel da PM. Também acompanharam as discussões os presidentes do Sindicato dos Mototaxistas Autorizados de Corumbá e do Sindicato dos Taxistas.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Reunião buscou definir estratégia prática para reduzir criminalidade nos dois lados da fronteira
O consenso entre as autoridades foi que é possível atuar conjuntamente, bastando boa vontade entre os órgãos de segurança pública dos dois lados da fronteira. “Precisamos da interação das forças policiais para que façamos isso. Há barreiras legais que nos impedem de trabalhar lá dentro, mas há algumas barreiras que a gente pode transpor como idioma e comunicação. Já combinei com o comandante da Polícia Boliviana que vamos capacitar policiais de lá no Proerd, que é uma ferramenta de combate às drogas. Os desafios são grandes, não posso prometer que vou acabar amanhã com o crime. Mas, estamos trabalhando para isso. Há boa vontade da Polícia Boliviana em colaborar”, afirmou o comandante do 6º Batalhão da PM, tenente- coronel César Freitas Duarte.
De acordo com o comandante da PM, formas de interação como a “criação de mecanismos de mídia, de mídias sociais, integração no compartilhamento de informações policiais sobre envolvimentos de marginais brasileiros na Bolívia e de bolivianos no Brasil”, são possibilidades de efetivação de um canal direto entre os policiais dos dois países.
Para o comandante de fronteira da Polícia Boliviana, coronel Hugo Justiniano Añez, o trabalho policial precisa ser “prático” o que, em sua avaliação, agilizaria o serviço de ambos os lados. “Temos que ser práticos, estamos na fronteira e para que os casos não fiquem sem continuidade, temos que ver uma forma de continuarmos , assim teríamos resultados. Temos que ser um pouco mais flexíveis. O crime é um só e acontece aqui e lá. Asseguro que se um boliviano comete um crime aqui e foge para o meu país, eu o entrego. Eu seria prático, sei que a polícia teria documentos provando o crime. Temos que nos antecipar à delinquência e temos de ser práticos”, finalizou o coronel Justiniano.
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