Campo Grande News em 15 de Julho de 2015
O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa, apontou que o grupo atuará dentro do presídio, sendo que o trabalho, atualmente, é realizado pela Polícia Militar, através do BPChoque (Batalhão da Polícia Militar de Choque) e a Companhia de Guarda e Escolta.
Conforme o presidente da Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Luiz Garcia Santiago, um concurso será realizado, provavelmente ainda este ano, para a convocação de servidores públicos, sendo que uma seleção interna será realizado a seguir para a capacitação para o grupo.
O presidente explicou que a segurança dos presídios ainda depende da Polícia Militar, mas caracterizou isso como uma desvantagem, porém alegou que falta autonomia, já que ele não pode responder pelos militares. Ainda afirmou que se os policiais saírem de dentro do presídio darão mais segurança para a população. “No Mato Grosso, a PM voltou para a rua, foi uma média de cinco mil militares. E a sociedade ganha com isso”, comentou.
Mas para a criação também depende de uma adequação no trabalho dos agentes penitenciário, pois atualmente eles não podem atuar armados, porém para o trabalho, precisar portar armas de fogo. “Eles precisam passar por todo um treinamento, que dura de cinco a quatro meses, para ter noção de armamento e a capacitação específica”, alertou Santiago.
O grupo atuará dentro dos presídios, principalmente em situações de crise, como rebeliões, e em escoltas. Também farão rondas nas muralhas, que são as guaritas. Em Campo Grande, por exemplo, há 13 pontos de vigilância, mas somente duas estão em atividade. A situação será diferente com a criação do Girve. “Isso é de grande valia para a segurança pública do Estado. Vai melhorar muito a qualidade de atendimento e segurança dos presídios”, apontou o presidente.
Serão 70 servidores no grupo, que serão distribuídos pela Capital e interior, sendo 40 para Campo Grande, 10 para Dourados, cinco para as cidades de Três Lagoas, Dois Irmão do Buriti, Naviraí e Corumbá.
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