Equipamentos já ganham status de primeira necessidade

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Com crescente onda de furtos e roubos, moradores investem cada vez mais em câmeras para inibir crimes

Fernandes Lima de Andrade, supervisor de operações de mineração, morador do bairro Maria Leite, resolveu instalar uma câmera de segurança em sua casa há quase dois anos. “A gente vai vendo casos que a câmera tem beneficiado quem instalou, casos de pessoas que já instalaram e tiveram essa facilidade de identificação e achei melhor instalar, em função desses exemplos”, afirmou ao Diário Corumbaense.

Fernandes investiu na câmera pensando incialmente em poder visualizar quem está no interfone. “Instalei por questões de segurança, para poder conseguir visualizar quem está abordando, tocando o interfone. A gente vê muitos relatos de casos que se identificam como alguém do controle de dengue, dessas coisas, e acabam invadindo as casas para fazer assaltos. Por esse motivo instalei, para conseguir identificar a pessoa antes de abrir as portas.”

Na rua Cabral, Alyana Dichoff sentiu necessidade de colocar câmera de segurança também para visualizar quem toca o interfone, mas principalmente desde que começaram a invadir as casas abandonadas próximas à sua residência. “Coloquei primeiro por causa dos interfones. Às vezes interfonavam de madrugada, garotos de rua mesmo para brincar, aí depois, como estavam entrando direto no vizinho, que são três casas abandonadas, aí coloquei para inibir a ação”, frisou. A casa de Alyana é vizinha da casa de sua mãe, então há um ano e meio a primeira câmera foi colocada e há um mês a segunda foi instalada. Uma delas grava a movimentação do lado esquerdo da calçada, e a outra do lado direito.

Eduardo Pinheiro investiu mais de 6 mil reais com sistema de segurança em sua residência

Eduardo Pinheiro, que trabalha com vendas de veículos, comprou e instalou nove câmeras em sua residência, que fica em uma esquina no bairro Maria Leite. Ele resolveu não contratar empresa de segurança e monitora as câmeras através de um aplicativo de celular e de dentro do próprio quarto, através do computador. Ele instalou as câmeras porque “ajudam a inibir a bandidagem”. “Às vezes escuto algum barulho, já olho direto na câmera, vejo se tem alguém por perto, algum objeto que o pessoal joga”, comentou.

O conjunto de câmeras junto com o DVR stand alone  custou a Eduardo mais de 6 mil reais. Há câmeras no quintal, na área de lazer, na churrasqueira. “Vale a pena e muito, primeiramente por causa da segurança, porque inibe a capacidade do bandido de entrar na sua casa e você está vendo tudo o que acontece ao redor, se porventura vir a acontecer alguma coisa e você não conseguir identificar a pessoa na hora, depois você olha a câmera”, concluiu Eduardo, justificando o investimento.

Câmeras ajudaram a esclarecer furto em hotel

Um hotel em Corumbá foi alvo de furto de bicicleta que pertencia a um funcionário do estabelecimento, mas as câmeras de segurança foram eficazes tanto para esclarecimento do fato, quanto para ajudar a Polícia a identificar o autor. “Puxamos as imagens desde que o funcionário chegou até o horário que ele saiu, que era o horário de almoço. Nesse intervalo, de mais ou menos quatro horas, a gente puxou a gravação da câmera e a filmagem acusou uma pessoa que entrou e furtou a bicicleta. Aí ligamos para a Polícia, que recolheu as imagens e estamos agora aguardando a finalização do inquérito. A princípio, a Polícia já reconheceu o autor do furto, mas a bicicleta até agora não apareceu”, explicou  José Onofre, gerente do hotel.

Através das imagens, polícia identificou autor de furto

“Hoje em dia qualquer lugar tem que ter câmera de segurança para evitar transtornos. O que acontece muito em hotel é que muitas vezes a pessoa está hospedada, ela acusa um funcionário alegando ter sumido alguma coisa do apartamento e a câmera é um recurso a mais que a gente usa para tirar essa dúvida da pessoa. Evitar também furto externo, batida de veículo no estacionamento, coisa que acontecia. Muitas vezes a pessoa chegava com carro batido no hotel, o que já aconteceu aqui conosco e dizia: ‘Ah, o meu carro foi batido no estacionamento, quero ser ressarcido’, e se não tem essa câmera de segurança, não tem como discutir com o cliente. Tendo a câmera, a gente olha o horário que ele chegou, verifica e tira a dúvida se foi aqui dentro ou não”, comentou o gerente.

Outra vantagem da câmera é a redução do custo com segurança no local. “Hoje reduziu de quatro para dois porteiros. Durante o dia é só câmera e portão eletrônico e durante a noite com seguranças também que seriam os porteiros”, afirmou José Onofre. O monitoramento das câmeras é feito no próprio hotel. Tem um sistema que grava as imagens e fica arquivado por trinta dias, depois as imagens são passadas para um pen drive. As trinta câmeras do hotel estão em processo de instalação há seis meses.