Camila Cavalcante em 24 de Junho de 2015
Era por volta das 07h20 da manhã desta quarta-feira (24), quando a professora Josefina Bonifácio, de 66 anos, foi atacada na porta da Escola Municipal Cássio Leite de Barros, na rua Marechal Floriano, parte alta de Corumbá. A professora passou por momentos de violência e medo.
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Professora sofreu agressões no rosto, nos braços, no pescoço e nas costas
“Estacionei meu carro na frente da escola, desci com uma bolsa em uma mão e a chave na outra e em seguida, me dirigi até a porta do passageiro para pegar uma outra bolsa. Quando abri a porta traseira, ouvi uma motocicleta que parou atrás de mim. Em seguida, já senti puxarem meu braço e torcer para trás. A dor foi tanta, que larguei de imediato a chave e a bolsa que estavam em minhas mãos”, contou a professora, que trabalha no setor administrativo da escola, ao Diário Corumbaense.
Josefina não conseguiu ver as características dos autores, mas foi muito agredida. “Após torcer meu braço, um deles me deu socos no outro braço, soco no rosto, me enforcou, puxou meu cabelo e bateu meu rosto diversas vezes contra o carro, fiquei horrorizada, foi muito rápido”, afirmou.
A professora suspeita que tenham sido dois homens: “Eu não consegui ver quem eram os homens, apenas consegui identificar que eram dois, pois enquanto um batia minha cabeça no carro, o outro me chutava, dava socos, não sei ao certo, foram agressões na barriga e nas costas. Depois que eles me bateram, me soltaram e foram embora. Foi rápido”, enfatizou.
Mesmo com as agressões, nada foi levado da vítima. “Eles me agrediram e foram embora, não levaram nada e tiveram a oportunidade de pegar minha bolsa, a chave do carro, mas não pegaram nada, só me agrediram. É uma situação horrível, você fica sem entender o motivo das agressões, apanha sem saber por que”, lamentou ao frisar que não tem inimigos.
Segurança
A Escola Municipal Cássio Leite de Barros, fica situada em uma área onde diversos casos de violência são registrados. A diretora do estabelecimento de ensino, Clarice de Jesus Ortiz, apontou que as escolas precisam de um porteiro para monitorar a entrada e saída dos alunos e dos funcionários. “Ficamos chocados com o que ocorreu com a professora, agora ela vai registrar o caso na Delegacia de Polícia Civil. Poderia ter ocorrido com algum aluno ou outro professor. Precisamos de um porteiro nas escolas”, afirmou.
A entrada e saída dos alunos na Escola Cássio Leite de Barros é coordenada por funcionários e professores da escola. Para melhorar as condições de segurança, no ano passado, a direção da escola instalou um portão com um reforço maior para controlar a entrada e saída não só de alunos, como de visitantes. Os horários de aula também são cumpridos rigorosamente, para que os pais tenham o controle dos filhos e assim, a rotina de horários seja cumprida.
Vítima mostra como foi agredida por homens desconhecidos
Secretaria de Educação
A reportagem entrou em contato com a secretária de Educação, Roseane Limoeiro, que informou que irá inteirar-se da agressão sofrida pela professora. Sobre a reivindicação feita pela direção escolar, a secretária explicou como funciona a segurança no interior dos estabelecimentos de ensino. “No período das 18h às 06h, as escolas municipais contam com guardas municipais. Fora desse período, há os funcionários da escola e para controlar a entrada e saída de alunos e visitantes, existem os auxiliares de disciplina. Além disso, os portões das escolas ficam trancados, controlando a entrada nos prédios”, frisou.
A secretária também lembrou que a Guarda Municipal realiza rondas durante o dia, mas fora do ambiente escolar, a segurança pública é responsabilidade das forças policiais.
Já o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Wilson César Velasques, informou ao Diário Corumbaense, que a corporação não mantém policiamento escolar específico, mas as guarnições de serviço são orientadas a realizar patrulhamento nas escolas públicas e privadas de Corumbá. Em relação à escola Cássio Leite de Barros, o comandante determinou à equipe de inteligência da PM que apure a situação para identificar possíveis suspeitos.
Luiz fabio rey bragas: É uma barbaridade e falta de respeito com nossos professores,dois monstros e covardes será que isso vai virar moda tomem cuidados professores.
josefina benicio: amigos obrigada pelo apoio. estoau ferida, mais VIVA
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