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Na fronteira com a Bolívia, operação emprega 2,5 mil militares

Marcelo Fernandes em 12 de Maio de 2014

Aproximadamente 2,5 mil homens da Marinha; Exército e órgãos de segurança pública participam das ações da Operação Ágata 8 na região de fronteira com a Bolívia. Somente o Comando do 6º Distrito Naval, emprega 23 embarcações; uma aeronave e quase 1,9 mil homens na vigilância na calha do rio Paraguai, desde o município de Cáceres (MT), até Ladário (MS). Além da fiscalização e patrulhamento, a Marinha promove a prestação de assistência médica e odontológica realizada pelo Navio de Assistência Hospitalar Tenente Maximiniano (NAsH), junto as comunidades ribeirinhas.

Durante entrevista coletiva no final da manhã desta segunda-feira, 12 de maio, o comandante do 6º Distrito Naval contra-almirante Edervaldo Teixeira de Abreu Filho, apresentou um breve balanço dos trabalhos da Marinha desde o início da operação, ocorrido no sábado, dia 10. O exercício é parte do Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) e acontece sob a coordenação do Ministério da Defesa e comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). 

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Representantes de órgãos que participam da operação detalharam como é o patrulhamento na região

“Inspecionamos até o dia de hoje (segunda-feira), 101 embarcações e oito foram notificadas, apreendemos 2,6 mil litros de óleo combustível na região do Canal do Tamengo. O nosso navio de assistência hospitalar está na localidade do Barranco Vermelho, no rio Paraguai, fazendo atendimentos cívicos sociais à população daquela localidade. Na noite de domingo, 11 de maio, o navio Pirajá auxiliou uma família que estava no rio”, disse.

Segundo o contra-almirante os militares estão preparados para combater os crimes transfronteiriços “como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos e imigração ilegal”. Outra atribuição é permitir a “integração das ações das Forças Armadas com os demais órgãos de segurança pública e agências e despertar o sentimento de brasilidade e cidadania na população”, explicou.

Comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, o general de brigada Pedro Paulo de Melo Braga, que também participou da entrevista destacou que o Exército mantém postos volantes de patrulhamento em diversos pontos da cidade, além da fiscalização instalada nos principais acessos de entrada e saída de Corumbá. Desde o início da Ágata 8, as equipes da 18ª Brigada de Infantaria – que emprega efetivo total de quase 500 militares, 34 viaturas e 22 embarcações – já vistoriou 200 motos; 2.600 veículos leves, 259 caminhões e 78 ônibus. Foram realizadas 48 apreensões de roupas por descaminho e contrabando e recuperada uma motocicleta furtada.

De acordo com o general Braga, um Pelotão de Engenharia de Combate participa da Ágata 8 na região de fronteira de Corumbá com a Bolívia. Uma das missões é promover “reparos nas estradas da região do Posto Esdras e Jacadigo, nos acessos a postos do Exército na região”, além de ser empregado também “em ações cívico-sociais para reformas de escolas em Corumbá e Ladário e reparos em estradas na cidade de Cáceres”.

Dois oficiais estrangeiros do Paraguai e da Bolívia participam da Operação, que tem previsão de encerramento em 21 de maio. Antes de a operação ser deflagrada, o governo brasileiro manteve contato com os países vizinhos para o repasse de informações sobre o emprego do aparato militar.

Comandante do 6º Distrito Naval destacou objetivos da operação Ágata 8

Uma novidade é a participação da Defensoria Pública do Mato Grosso do Sul na operação militar. A instituição levará assistência jurídica para as regiões do Porto da Manga, Porto Esperança e distrito de Albuquerque. No sábado, dia 10, a Polícia Federal prendeu um boliviano com aproximadamente 1 quilo de droga.

Participaram da entrevista que apresentou como será a operação Ágata 8 em Corumbá representantes da Receita Federal, Ibama, Polícia Militar Ambiental, Polícia Federal e Defensoria Pública Estadual.