PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Repressão e ações sociais marcam início da Ágata 7 no Pantanal

Camila Cavalcante em 21 de Maio de 2013

As primeiras ações da Operação Ágata 7 na região do Pantanal de Corumbá são positivas. A avaliação é dos órgãos de segurança pública que participam da ofensiva e foi apresentada durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 21 de maio.

Anderson Gallo/Diário Online

Representantes de órgãos de Segurança avaliaram primeiras ações da Ágata 7 como positivas

"No sábado, 18 de maio, dois bolivianos foram detidos pelo Exército, com 18 quilos de substância entorpecente. No domingo, 19, a Polícia Rodoviária Federal deteve uma mulher, também, boliviana, com uma quantidade de entorpecente. Podemos avaliar que tivemos um começo satisfatório, com a coibição do tráfico, que é um dos principais crimes a serem combatidos em nossa região", afirmou o delegado da Polícia Federal de Corumbá, Alexandre do Nascimento, ao apresentar um balanço sobre o começo da ação. Logo no primeiro dia de atuação, uma quantidade significativa de roupas que ultrapassava o limite de cotas para importação foi apreendida e encaminhada para o pátio da Receita Federal. Um veículo, transportando carvão vegetal, também teve a carga apreendida.

A coletiva foi no Comando do 6º Distrito Naval, em Ladário, e reuniu representantes das forças de segurança empenhadas na ação: 17º Batalhão de Fronteira de Corumbá, Comando do 6º Distrito Naval, Polícia Militar, Inspetoria da Receita Federal, Polícia Federal e Polícia Civil.

Ricardo Albertoni/Diário Online

Ações de segurança na fronteira tiveram início no sábado

As autoridades do setor apontaram que paralelo ao efetivo e mecanismos de repressão empregados é importante que a população denuncie. "Todas as forças de segurança estão colocando à disposição desta operação o aparato necessário para que ocorra a coibição das diversas práticas criminais, porém, é de suma importância que a população colabore, porque não temos bola de cristal para prever onde e quando ocorrem os crimes. Com as denúncias, conseguimos nortear nossas ações, identificar os criminosos e agir de forma intensiva. Pedimos para que as pessoas liguem para o disque-denúncia, que mantém o sigilo de quem denuncia. Basta ligar para o 181, pois a comunidade também faz parte desta ação", afirmou o comandante do 6º Distrito Naval, contra-almirante Edervaldo Filho.

A Operação Ágata 7 envolve cerca de 1.200 militares do 6º Distrito Naval e 17º Batalhão de Fronteira, cada um empenhando 50% desse efetivo. Além disso, o comando do 6º Distrito Naval mobiliza 1 aeronave esquilo e 20 embarcações. Já o Exército, emprega diversos meios de locomoção terrestres, de pequeno, médio e grande porte para a execução de patrulhamentos e postos de bloqueio e fiscalização em Corumbá e pontos estratégicos, como fronteira e estradas vicinais.

Paralelo às ações de repressão, a Marinha do Brasil, através do 6º Distrito Naval, já está realizando ações sociais em quatro escolas na região de fronteira Brasil-Bolívia. Em Corumbá, a Creche Municipal Inocência Cambará e a Escola Municipal Delcídio do Amaral, vão receber reformas, pintura e reparos em geral. Em Ladário, as escolas a receberem a ação, são a Creche Municipal Rosa Pedrossian e a Casa de Acolhimento Infantil.

Polícia Civil

O delegado regional de Polícia Civil, Evandro Corredato, explicou que apesar da greve dos policiais civis, a participação da instituição transcorre normalmente. "A participação da Polícia Civil já seria de uma forma pequena, nós colocamos à disposição das Forças Armadas, o delegado plantonista e um equipe de investigação que é volante, para atender aos casos de necessidade. Os crimes que são competentes da Polícia Civil serão encaminhados a nós e atenderemos normalmente, além de orientações diversas. A greve não está atrapalhando em nada a participação da Polícia Civil na Operação Ágata 7", ressaltou o delegado.

Campanha do Desarmamento

O delegado chefe da Polícia Federal, Alexandre do Nascimento, reiterou que a campanha do desarmamento, também ganha intensidade com a Operação Ágata 7 e orientou que as pessoas busquem entregar as armas que possuem em casa, sendo elas cadastradas ou não. As armas de fogo, de qualquer calibre e procedência, podem ser entregues à Polícia Federal, mediante recibo e indenização que varia dependendo do tipo de arma. Não haverá qualquer tipo de investigação em relação à origem da arma ou ao seu portador. O procedimento de entrega da arma de fogo prevê a emissão de uma guia de trânsito e preenchimento de um requerimento de indenização.

"Durante a Operação, vamos participar com uma ação cívico-social, recebendo as armas da população, que pode ligar para a Delegacia de Corumbá, através do telefone 3234-7800, para informações e busca na residência. Ninguém terá problemas, entregando a arma de forma espontânea. Desfazer de uma arma é garantir a segurança em casa", argumentou o delegado da PF local.

A Operação Ágata 7 é realizada em toda extensão da fronteira brasileira com os dez países sul-americanos. Com o emprego de 25 mil militares e a participação de agentes das polícias federal, rodoviária federal, militar e de agências governamentais, esta edição é a maior mobilização realizada pelo governo brasileiro no combate aos ilícitos entre Oiapoque (AP) e Chuí (RS).