PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Acadêmicos da UFMS protestam em rede social contra falta de segurança

Camila Cavalcante em 14 de Dezembro de 2012

Acadêmicos do Campus do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, apelaram para as redes sociais, para pedir mais segurança nas unidades de ensino de Corumbá. Os acadêmicos estão compartilhando uma imagem com os seguintes dizeres: "Queremos segurança para estudar, precisamos de mais policiamento ao redor das unidades da UFMS CPAN. #Compatilhem".

A mobilização começou após acadêmicos da Unidade II - Eubéa Senna de Almeida, serem assaltados na manhã de quinta-feira, quando perderam corrente de ouro e um celular durante a ação dos bandidos. Os estudantes relatam outros roubos e tentativas de roubo ocorridos nos últimos tempos na área das duas unidades do Campus, tanto a situada na Avenida Rio Branco, quanto a Unidade Eubéa Senna, na rua Poconé.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Matagal toma conta de área em frente a Unidade I do Campus do Pantanal, na avenida Rio Branco

"No dia 28 de novembro, fui abordada por volta das 22 horas. Estava saindo da faculdade e fui em direção ao ponto de ônibus que fica perto de uma lanchonete. No caminho, parei embaixo de uma árvore, que deve ficar uns 10 passos longe do ponto, sentei ali e fui pegar o dinheiro para pagar a passagem. Percebi que alguém se aproximava; ele apertou o passo e foi em minha direção. Eu fiquei parada, sem reação. O ladrão chegou dizendo que era um assalto e mandou que entregasse a carteira e o celular. Ele foi tirando algo da cintura e quando percebi que estava armado, tive a intenção de me levantar, mas ele foi rápido, pegou a carteira que estava ao meu lado e saiu correndo. Queremos mais segurança, é o nosso direito", reivindicou a acadêmica Paula Navarro, de 21 anos, que cursa o quarto período de Letras.

Já a acadêmica Nathássia Amaral, 20 anos, que cursa o 3º período de Educação Física, relatou o grande susto pelo qual suas colegas de turma passaram na manhã de quinta-feira (13). "Três meninas da minha sala foram assaltadas em frente à faculdade. Os ladrões se aproximaram, ameaçaram e roubaram uma corrente de ouro e um celular. Naquela área em torno da faculdade fica difícil se proteger, pois em frente tem um terreno grande que está com muito mato. Outro local é o campo de futebol do bairro (Universitário) onde ficam vários elementos que nos dão medo, pois parece que a qualquer momento eles vão assaltar. Não há policiamento por perto, só há vigilantes dentro da faculdade", apontou ao Diário.

Situação não é diferente em frente à Unidade II Eubéa Senna, na rua Poconé

A falta de segurança na área do Campus do Pantanal é um problema antigo. Por diversas vezes, os acadêmicos relataram sofrer ameaças e roubos na região. O acadêmico Fabrício Garcia, que cursa o 3º período de Administração, ressaltou que sempre houve esse clima de tensão ao sair da faculdade, porém, isso se intensificou neste ano.

"Sair tarde da faculdade sempre foi um problema. Eu, por exemplo, saio sempre olhando para todos os lados, observando o que há por perto. É um clima de tensão, não há como sair tranquilo de lá, independente do horário. O problema é na área ao redor do Campus, que abriga os marginais", enfatizou.

Reprodução Facebook

Mobilização feita por acadêmicos em rede social

Visando a própria segurança, os acadêmicos passaram a tomar medidas preventivas. "Sair sozinha do Campus, nem pensar. Sempre saímos em grupos, se sabemos que alguém vai demorar, esperamos, não se pode andar sozinho em nenhuma das duas unidades, nem no prédio da Rio Branco, nem no prédio da Poconé. Nos dois locais, há vários terrenos, ficam muitos bandidos, é um clima tenso todos os dias", relatou a acadêmica Alessandra Lopes, 23 anos, que cursa o 6º período de Administração.

Polícia Militar

O tenente-coronel Waldir Acosta, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar de Corumbá, informou ao Diário que rondas são realizadas na região e o que dificulta o policiamento preventivo é o grande número de terrenos baldios, inclusive um prédio abandonado, na área do Campus.

"Em relação ao roubo desta quinta-feira, conseguimos identificar o assaltante que foi detido. Sobre as rondas, podemos informar que as guarnições passam pela Avenida Rio Branco e na rua Poconé com frequência. O problema são os inúmeros terrenos ermos, com matagal e que acabam abrigando a marginalidade. A Prefeitura e os proprietários desses terrenos devem tomar alguma medida para limpar essa localidade, é uma ação conjunta, que garante segurança a todos", destacou ao Diário o comandante.

Comentários:

Vanderleia da Silva Chalega: É uma vergonha nossos acadêmicos ficarem á merce desses marginais e vândalos,que querem amedrontar e assustar nossa população.O policiamento deve ser intensivo e constante não apenas rondas.

Otávio Henrique Balancieri: O problema não esta na operacionalidade da Polícia! Sim na vergonhosa falta de efetivo e estrutura em segurança que o município sofre por consequências politicas de nossos governantes. Devemos protestar sim, mas de maneira inteligente cobrando providencias de nosso ilustríssimo governador e não de nossos policiais que já carregam o fardo de manter a segurança sem o minimo de condições de trabalho. Pois pensar que algum comandante ira falar de dificuldades é ilusão, são todos doutrinados por nossos políticos a disser que tudo esta sendo feito. Já pararam para pensar, Porque todas as cidades de fronteiras são fragilizadas em seguranças? A maioria das pessoas responderiam que quase ninguém gosta de trabalhar nas fronteiras, mas sera que não é para atrapalhar alguma "COISA MUITO GRANDE" que passa por elas e alimentam muitas campanhas...............

PUBLICIDADE