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Delegados aderem à greve dos policiais federais

Lívia Gaertner em 08 de Agosto de 2012

Os delegados da Polícia Federal aderiram à greve nacional dos agentes, papiloscopistas e escrivães deflagrada na terça-feira, 07 de outubro, em todo o País. A mobilização é liderada pelo Conselho de representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e atinge aeroportos, portos e fronteiras em todo o país. Inicialmente, os delegados cruzam os braços por 24 horas, mas a paralisação pode prosseguir.

Somente em Corumbá, 260 inquéritos envolvendo tráfico de drogas, contrabando e descaminho, desvio de recursos públicos e crimes ambientais, estão parados. Os seis delegados lotados na cidade, aderiram ao movimento grevista.

Segundo o comando de greve local, os serviços prestados à população continuam, porém num ritmo mais lento. No posto de imigração, na fronteira de Corumbá (Brasil) com Puerto Quijarro (Bolívia), os policiais reduziram a capacidade habitual. Os serviços de retirada de passaporte também seguem essa regra, mas caso não haja negociação com o Governo, o movimento pode "endurecer" ainda mais.

Anderson Gallo/Diário Online

No setor de imigração, na fronteira, há fila para atendimento

Na manhã desta quarta-feira, fila se formou no setor de imigração da PF no Posto Esdras. Os motoristas também tiveram de esperar por um bom tempo para atravessar a fronteira, pois agentes da PF e da Receita Federal realizavam operação padrão, com vistoria minuciosa nos veículos e verificação de documentação.

Quanto ao trabalho de fiscalização e às demandas judiciais referentes às eleições, a Polícia Federal irá atuar quando houver determinação da Justiça Eleitoral.

Os servidores da Polícia Federal reivindicam a reestruturação de salários e carreiras, que eram consideradas como de nível médio e passaram a ser reconhecidas como de nível superior pelo Governo Federal. Desta forma, o piso salarial passaria dos atuais R$ 7,7 mil para R$ 12 mil a partir do ano que vem.

O presidente da Fenapef, Marcos Wink, afirma que a categoria negocia há três anos com o Ministério do Planejamento a reestruturação das carreiras e a exigência de nível superior. Segundo o site da Fenapef, 26 estados aderiram à greve, apenas o Rio de Janeiro está fora da lista.

Na carta aberta à população, a categoria explica a motivação da mobilização: "Queremos o reconhecimento legal das nossas atribuições. Queremos a reestruturação da nossa carreira. Queremos condições adequadas de trabalho para cumprir, com maior zelo ainda, as nossas missões. Queremos, por fim, um Diretor Geral que respeite e represente toda a Polícia Federal e não pratique a segregação, que não exerça o poder apostando na discórdia entre as categorias".