Camila Cavalcante em 06 de Agosto de 2012
O Exército Brasileiro deflagrou nesta segunda-feira, 06 de agosto, a Operação Ágata 5, fiscalizando cerca de 3.900 km de fronteira do país, alcançando as fronteiras Sul e Oeste, de Chuí/RS até Corumbá/MS.
Em Corumbá, cerca de 500 militares estão participando da ação, que conta também com parceria da Marinha, Força Aérea e de órgãos de segurança estaduais e federais; ambientais e de fiscalização. A operação, que é realizada pelo Ministério da Defesa, através do Plano Estratégico de Fronteiras, visa reduzir a incidência dos crimes transfronteiriços e ambientais e as ações do crime organizado, além de intensificar a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira e incrementar o apoio à população local.
Sem data para ser encerrada, dentre as principais ações da Operação Ágata destacam-se a repressão ao narcotráfico, ao tráfico de armas, ao contrabando de produtos eletrônicos e cigarros além da repressão aos crimes ambientais. Pontos estratégicos de fiscalização foram montados na fronteira com a Bolívia, na BR-262. A Marinha é responsável pela fiscalização fluvial.
Paralelamente a Ágata 5, está ocorrendo também no Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá e Dourados, a Operação Pedreira II, que tem como objetivo fiscalizar o comércio de explosivos e outros materiais que são vendidos à comunidade civil e que podem ser furtados ou desviados, para utilização em práticas criminais.
Fotos: Camila Cavalcante/Diário Online
Exército e órgãos de segurança durante fiscalização a um depósito de explosivos
Mineradoras que utilizam explosivos para a detonação de minas e empresas que também utilizam o material explosivo para obras em Corumbá, passam por uma intensa fiscalização de militares do Exército, que contam com o apoio das Polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros.
A Operação Pedreira II, mobilizou a Seção de Fiscalização dos Produtos Controlados do Exército de Campo Grande. "A Seção é responsável pela fiscalização e controle do comércio de armamentos e de explosivos, bem como demais produtos que necessitam desse tipo de cuidado. Devido aos últimos fatos que envolveram explosões de caixas eletrônicos no Mato Grosso do Sul, a Operação Pedreira II, foi deflagrada visando combater possíveis irregularidades nas empresas que se utilizam desses materiais para seus serviços, que no caso são mineradoras em Corumbá e algumas empresas que trabalham com obras urbanas e usam os materiais para detonação", explicou ao Diário o major Wenceslau, chefe da Seção de Fiscalização dos Produtos Controlados da 9ª Região Militar, sediada na Capital.
Somente em Corumbá, são 12 pontos de fiscalização
Ao todo, 26 pontos serão fiscalizados pela Seção dos produtos controlados, nas cidades de Corumbá e Dourados. Em Corumbá, são 12 pontos, em Dourados, 14. A Pedreira II, reúne 50 militares do Exército e apoio dos demais órgãos de segurança que também fazem parte da operação Ágata 5.
Na manhã desta segunda-feira, a reportagem acompanhou a visita e a fiscalização da "Pedreira II" em uma mineradora localizada na BR-262, próximo a Corumbá. No local, um militar responsável pela verificação do armazenamento dos explosivos, constatou que o material estava de acordo com o que estabelece as normas de segurança, ou seja, a documentação de entrada e saída dos materiais estava em dia e o local de armazenamento não apresentava nenhum tipo de alteração e acomodava os explosivos com segurança.
"Mensalmente o Exército verifica essa entrada de explosivos nas empresas, na verdade acompanhamos toda a questão de trâmite, desde a fabricação. Realizamos um controle completo, pois são itens de extrema periculosidade. Podemos avaliar que hoje, 99% das empresas que possuem explosivos em estoque, tem a capacidade de armazenamento e são confiáveis para o uso desses itens", alegou o major.
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