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Operação Atalaia abordou mais de 3 mil pessoas durante fiscalização

Camila Cavalcante em 14 de Julho de 2012

De 09 a 13 de julho, mais de 3 mil pessoas foram fiscalizadas pela 12ª edição da Operação Atalaia, encerrada nesta sexta-feira. De acordo com o coronel Marques Neto, chefe do estado maior da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, essas pessoas foram fiscalizadas nas barreiras e nos postos de bloqueio terrestres e aquáticos, montados 24 horas por dia em locais estratégicos da fronteira Brasil-Bolívia.

O coronel informou ainda que os dados da operação apontam que 35 barreiras se revezaram em pontos distintos de Corumbá, fronteira com a Bolívia, até o limite de Porto Murtinho e 08 postos de bloqueio fluvial atuaram no rio Paraguai. 13 patrulhas se revezaram guarnecendo todo o perímetro estabelecido pela operação.

Ricardo Albertoni/Diário Online

No Posto Esdras, fronteira de Corumbá com a Bolívia, equipes fiscalizaram veículos e pessoas

"A Operação Atalaia é desencadeada anualmente, porém, há ocasiões em que ela ocorre duas vezes no ano. Essa é uma operação deflagrada pelo Comando Militar do Oeste, sediado em Campo Grande. A Atalaia ocorre em parceria com os órgãos de segurança pública como Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Civil, Polícia Ambiental, Polícia Militar, IBAMA, Grupamento de Bombeiros e neste ano, contamos com a presença da Guarda Municipal", ressaltou o coronel Marques Neto ao reforçar que a ação alcançou o objetivo de reprimir crimes fronteiriços, como tráfico de drogas, de armas e contrabando.

Apenas uma pessoa foi detida na Operação Atalaia. Foi uma mulher que tentava sair de Corumbá com droga. "A mulher foi detida em um posto de bloqueio montado na BR- 262, no Lampião Aceso. Ela levava uma quantidade de entorpecente em uma bolsa. A droga foi encontrada pelo cão farejador. Nesta apreensão, contamos com o auxílio do Departamento de Operações de Fronteira, o DOF. A mulher foi detida e indiciada por tráfico de drogas. Ocorreu também um flagrante de descaminho, onde um homem tentava entrar na cidade de Corumbá com uma quantidade de celulares sem documentação fiscal. Ele alegou que havia comprado os aparelhos no Paraguai e que os revenderia em Corumbá. Neste caso, ele foi indiciado por descaminho e não foi preso", ressaltou o coronel.

A Atalaia também apreendeu dois veículos que estavam com documentação irregular. Na parte norte do Pantanal, foi registrado foco de queimada, controlado com o auxílio das aeronaves envolvidas na operação.

A operação

A ação envolveu 436 militares do Exército, 120 militares da Marinha, além de integrantes dos órgãos de segurança. Efetivo das forças militares de Coxim e Campo Grande, também participaram das atividades de fiscalização, uma forma de testar as possibilidades de atuação e a capacidade do grupo treinado, para quando necessário, atuarem de forma efetiva e preparada.

Um Centro Operacional, com equipamentos de comunicação de extrema segurança e de última geração, deu apoio às ações. "A Operação Atalaia contou com várias equipes de monitoramento e planejamento e para garantir a segurança dos dados, os meios de comunicação funcionais não foram utilizados, como telefone, celular e internet. A operação contou com o recurso do Comando e Controle, uma rede de transmissão de dados específica e funcional do Exército. Isso manteve a sede da operação em Corumbá, ligada com as demais sedes no país. Todas as atividades desenvolvidas aqui foram vistas e acompanhadas em tempo real de qualquer parte do país e principalmente pelo Ministério da Defesa", explicou ao Diário o major Denis de Miranda, chefe de comunicação da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira.

Em Corumbá, a Operação Atalaia transcorreu em aproximadamente 330 quilômetros, porém, em todo o Estado, a demanda ultrapassou os 700 quilômetros de área fiscalizada. Além dos postos de fiscalização terrestres, foram montados postos de fiscalizações aquáticos, estes, de responsabilidade da Marinha do Brasil e que contaram inclusive com a participação das embarcações do Exército. Um helicóptero Esquilo, com equipamentos que permitem monitoramento noturno e a utilização de cinco cães farejadores, também ajudaram nas ações.

Anderson Gallo/Diário Online

Cães farejadores auxiliaram na fiscalização

Uma delas ocorreu na Rodoviária Interestadual. É na estrada, na BR-262, que ocorre boa parte das apreensões de drogas realizadas pelo DOF e pela PRF durante a fiscalização diária. "Observamos aquelas pessoas que se portam de forma diferente, que apresentam nervosismo, que se afastam de bagagens e depois abordamos esses indivíduos que passam por vistoria de bagagem. Contamos também com o apoio do cão farejador, ele é especializado em encontrar entorpecentes", explicou o tenente Bruno Toamasine, da 14ª Companhia da Polícia do Exército de Campo Grande.

A Operação Atalaia estabelece a presença das Forças Armadas nos quase 650 km de fronteira do Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai, respaldada nas Leis Complementares Nº 97, de 09 de junho de 1999; Nº 117, de 02 de setembro de 2004; e Nº 136, de 25 de agosto de 2010.