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Após 4 dias, Operação Atalaia é encerrada na fronteira com a Bolívia

Foram mais de 90 horas de atividades de fiscalização

Camila Cavalcante em 13 de Julho de 2012

Com mais de 90 horas de atividades, a XIIª Operação Atalaia foi encerrada ao meio-dia desta sexta-feira, 13 de julho. De acordo com o setor de comunicação, a ação "alcançou" seu objetivo principal: coibir crimes fronteiriços e ambientais nas regiões de fronteira de Mato Grosso do Sul. Corumbá, que faz fronteira com a Bolívia, foi monitorada em pontos estratégicos com a atuação de cerca de 700 homens, dos principais órgãos de segurança municipais, estaduais e federais.

Foram 436 militares do Exército, 120 militares da Marinha, além da presença da Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Civil, Polícia Ambiental, Polícia Militar, IBAMA, Grupamento de Bombeiros e Guarda Municipal. Efetivo das forças militares de Coxim e Campo Grande, também atuaram nesta faixa de fronteira, uma forma de testar as possibilidades de atuação e a capacidade do grupo treinado, para quando necessário, atuarem de forma efetiva e preparada.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Operação contou com rede de transmissão de dados específica e funcional do Exército

Um Centro Operacional, com equipamentos de comunicação de extrema segurança e de última geração, deu apoio às ações. "A Operação Atalaia contou com várias equipes de monitoramento e planejamento e para garantir a segurança dos dados, os meios de comunicação funcionais não foram utilizados, como telefone, celular e internet. A operação contou com o recurso do Comando e Controle, uma rede de transmissão de dados específica e funcional do Exército. Isso manteve a sede da operação em Corumbá, ligada com as demais sedes no país. Todas as atividades desenvolvidas aqui, foram vistas e acompanhadas em tempo real de qualquer parte do país e principalmente pelo Ministério da Defesa", explicou ao Diário o major Denis de Miranda, chefe de comunicação da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira.

O tráfico de drogas; de armas e crimes ambientais, foram o alvo da ação. "Mas o nosso foco nunca é o de apreensão, pois observamos que quando a presença do Exército, das Forças Armadas, do Estado é notada nas áreas fronteiriças, os índices de crimes caem. Aquele indivíduo que realizaria uma prática criminal, já deixa de fazê-lo, por saber da presença da fiscalização. Trabalhamos com dados de inteligência, as operações são deflagradas em datas onde se calcula que algo poderia acontecer e acabamos dessa forma, coibindo práticas criminais. Podemos ressaltar que apreensões foram feitas, mas o balanço de apreensões, não expressa a real situação nem o objetivo da operação, que buscou reprimir, mostrar nossas condições operacionais de combate em relação a contrabando, narcotráfico. Nosso intuito foi coibir e não apreender", ressaltou o major Denis.

Atuação

Em Corumbá, a Operação Atalaia transcorreu em aproximadamente 330 quilômetros, porém, em todo o Estado, a demanda ultrapassou os 700 quilômetros de área fiscalizada. Além dos postos de fiscalização terrestres, foram montados postos de fiscalizações aquáticos, estes, de responsabilidade da Marinha do Brasil e que contaram inclusive com a participação das embarcações do Exército. Um helicóptero Esquilo, com equipamentos que permitem monitoramento noturno e a utilização de cinco cães farejadores, também ajudaram nas ações.

Revistas pessoais e de bagagens foram realizadas nos postos terrestres e na rodoviária interestadual com apoio de cães farejadores

Uma delas ocorreu na Rodoviária Interestadual. É na estrada, na BR-262, que ocorre boa parte das apreensões de drogas realizadas pelo DOF e pela PRF durante a fiscalização diária. "Observamos aquelas pessoas que se portam de forma diferente, que apresentam nervosismo, que se afastam de bagagens e depois abordamos esses indivíduos que passam por vistoria de bagagem. Contamos também com o apoio do cão farejador, ele é especializado em encontrar entorpecentes", explicou o tenente Bruno Toamasine, da 14ª Companhia da Polícia do Exército de Campo Grande.

Na próxima semana, os comandos da operação em Corumbá, Coxim e Campo Grande, irão avaliar os resultados do trabalhado desenvolvido na região de fronteira. A Operação Atalaia estabelece a presença das Forças Armadas nos quase 650 km de fronteira do Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai, respaldada nas Leis Complementares Nº 97, de 09 de junho de 1999; Nº 117, de 02 de setembro de 2004; e Nº 136, de 25 de agosto de 2010.