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Operação Atalaia reforça fiscalização em postos terrestres e fluviais

Exército, Marinha e órgãos de segurança estão envolvidos na operação

Camila Cavalcante em 11 de Julho de 2012

Os órgãos de segurança de Mato Grosso do Sul iniciaram na segunda-feira, 09 de julho, ações de repressão ao crime, nas regiões de fronteira de Mato Grosso do Sul, por meio da 12ª Operação Atalaia. Em Corumbá, 436 militares do Exército, 120 militares da Marinha, além de integrantes da Polícia Federal, Receita Federal, Polícia Civil, Polícia Ambiental, Polícia Militar, Ibama,Grupamento de Bombeiros e Guarda Municipal, participam da operação.

"Dos 436 militares do Exército que estão atuando em Corumbá, uma parte do efetivo é de Coxim, pois é através desse rodízio que testamos nossas possibilidades para quando necessário atuarmos de forma efetiva. Além do efetivo do Exército e da Marinha, contamos com cerca de 120 integrantes dos demais órgãos de segurança pública. Essa parceria torna a operação dinâmica e eficiente", avaliou o major Denis de Miranda, chefe de comunicação da 18ª Brigada de Infantaria de Corumbá.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

No Posto Esdras, militares fazem a fiscalização

A Operação Atalaia visa o combate aos crimes transfronteiriços como o tráfico de drogas; de armas e ambientais. "O nosso foco não é especificamente a apreensão, pois observamos que quando há a presença do Exército, das Forças Armadas, do Estado nas áreas fronteiriças, os índices de crimes caem. Aquele indivíduo que realizaria uma prática criminal, já deixa de fazê-lo, por saber da presença da fiscalização. Trabalhamos com dados de inteligência; as operações são deflagradas em datas onde se calcula que algo poderia acontecer e acabamos dessa forma, coibindo essas práticas criminais", ressaltou o major.

A fiscalização acontece através de Postos de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCE), realizando patrulhas nas estradas conhecidas como "cabriteiras". As barreiras foram montadas nos principais pontos de trânsito do município, como as estradas do Jacadigo e vicinais; Posto Esdras; BR-262 e uma guarnição realiza patrulha na rodovia Ramão Gomez, que liga Corumbá à fronteira com a Bolívia. "Os pontos de fiscalização são montados através de um estudo que detecta os principais pontos de práticas criminais. A fiscalização ocorre durante 24 horas, sem horário fixo. Por essa mesma prática é que a operação segue sem data fixa de término, ela se encerra apenas quando o objetivo estipulado é alcançado", enfatizou major Denis.

Cães farejadores ajudam equipes nas vistorias

Em Corumbá, a Operação Atalaia transcorre em aproximadamente 330 quilômetros, porém, em todo o Mato Grosso do Sul, a demanda ultrapassa os 700 quilômetros de área fiscalizada. Além dos postos de fiscalização terrestres, há os postos de fiscalização aquática, estes, de responsabilidade da Marinha do Brasil, que contam inclusive com a participação das embarcações do Exército. Para a operação, o Exército destaca a participação do helicóptero Esquilo, que tem equipamentos que permitem monitoramento noturno. A ação também conta com a participação de cinco cães farejadores que dinamizam o serviço.

Barreiras

Uma das principais barreiras de fiscalização é a montada no Posto Esdras, na divisa entre Brasil e Bolívia. Nesse ponto, além dos militares do Exército, Guardas Municipais do Grupamento de Trânsito auxiliam na fiscalização.

"Moro em assentamento e passo por esse posto todos os dias. É um trecho que em alguns períodos é perigoso, principalmente à noite. Temos medo de assalto, da violência. Por isso, ver esses postos de fiscalização montados, que estão ocorrendo revistas em todos os veículos, que está ocorrendo uma fiscalização intensa, nos deixa mais tranquilos, pelo menos neste período de presença forte dos militares", disse ao Diário o assentado Airton de Aquino, 41 anos.

A Operação Atalaia estabelece a presença das Forças Armadas nos quase 650 km de fronteira do Mato Grosso do Sul com a Bolívia e o Paraguai, respaldada nas Leis Complementares Nº 97, de 09 de junho de 1999; Nº 117, de 02 de setembro de 2004; e Nº 136, de 25 de agosto de 2010.