Midiamax em 03 de Maio de 2012
A proposta salarial de reajuste de 12% aos policiais e bombeiros militares, aprovada ontem (02) pelo governador André Puccinelli (PMDB) após longa rodada de negociação com direito a "Operação Tolerância Zero" por parte da categoria, deve ser encaminhada ainda nesta quinta-feira (03), para ser votada na Assembleia Legislativa até o dia 17 de maio, quando a folha salarial dos servidores é fechada.
Segundo a ACS (Associação de Cabos, Soldados e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), com a nova proposta o salário dos soldados, com até cinco anos de carreira, aumenta de R$ 1.950 para R$ 2,2 mil. O contingente, que equivale a 85% da corporação militar recebeu um aumento de 12%, enquanto que cabos e patentes acima obtiveram reajuste de 6%, além do valor pecuniário.
"Temos casos em que o aumento passa de 10% , por conta do tempo de serviço. Não estou satisfeito com este valor, mas agora vamos continuar com as negociações com prioridade para a verticalização salarial. A intenção é que as portas continuem abertas para a implementação da política salarial de 2013, 2014 e 2015", afirmou o presidente da ACS, Edimar Soares.
Em entrevista ao jornal eletrônico Midiamax, ele garantiu que as atitudes tomadas pela categoria, como a "Operação Tolerância Zero", com foco nas contravenções penais, como o jogo do bicho, além da possibilidade de "aquartelamento", não interferiram nas negociações salariais.
"Com a intermediação do comandante da PM, o coronel Carlos Alberto David dos Santos, nós avançamos um pouco. Mas a verdade é que é difícil negociar com o governador e entendemos que teríamos de chegar em um meio-termo para continuar com a nossa bandeira de luta, que seria a verticalização salarial e indexar o salário do soldado como sendo 25% do vencimento de um coronel", explica o presidente da ACS.
Tramite na Assembleia
Na sessão desta quinta-feira, o líder do governo na Assembleia, deputado Júnior Mochi (PMDB), informou que a previsão é começar a analisar o projeto de reajuste salarial na próxima terça-feira (08), quando a proposta deverá ser lida em plenário e encaminhada para apreciação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Segundo ele, antes do dia 17 a projeto será votado. "Porque o Executivo fecha a folha salarial neste dia e como o mês base é maio, precisamos apreciar a matéria antes da data para garantir a validação do reajuste no prazo estipulado", explicou. Diante do pouco tempo, a tendência é analisar o projeto em regime de urgência.
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