Fonte: Folha Online em 08 de Novembro de 2011
Em nota divulgada nesta terça-feira, a TV Bandeirantes afirmou que o cinegrafista Gelson Domingos, morto por um tiro de fuzil durante cobertura jornalística de operação policial no Rio, poderia estar usando um colete de menor nível de proteção ao modelo informado antes pela emissora.
Nenhum dos dois coletes, porém, tem o nível de proteção necessário para deter um tiro de fuzil. A afirmação de que o colete usado por Gelson era do modelo II-A foi feita nesta segunda-feira pelo advogado Nélio Andrade, que representa a família do cinegrafista morto.
"É uma vergonha a Band dar declaração que era III-A, não era III-A coisíssima nenhuma. Talvez nem os jornalistas soubessem disso. Certamente eles estariam confiando no equipamento que o empregador deu a eles", afirmou o advogado à Folha.
Na nota divulgada nesta terça-feira, a Band diz que "dispõe de coletes das duas categorias II-A e III-A, modelos de maior capacidade de proteção liberados para uso civil" e que "instrui todos os seus repórteres e cinegrafistas a utilizarem o III-A, colete usado pelo repórter Ernani Alves, durante a operação".
"A emissora não teve acesso ainda ao colete que estava sendo usado pelo cinegrafista, mas lamentavelmente nenhum desses dois modelos seria suficiente para impedir que ele fosse vitimado", conclui a nota.
No domingo, a emissora afirmara que "sobre o colete utilizado nas coberturas, trata-se do III-A, o modelo de maior capacidade de proteção liberado pelas Forças Armadas para utilização por civis".