Camila Cavalcante em 16 de Setembro de 2011
Planejada pelos setores de inteligência desde o dia 11 de setembro, a Operação Ágata, coordenada pelas Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), além de órgãos governamentais, como Secretaria da Receita Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência, órgãos das Secretarias de Segurança Pública dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso Sul, começa a zero hora deste sábado, 17 de setembro.
A Operação Ágata, determinada pela presidente Dilma Rousseff e lançada oficialmente no dia 08 de setembro, prevê uma série de operações integradas entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública federais para prevenir e reprimir ilícitos transnacionais. Visa combater nos mais de 16 mil quilômetros de fronteiras brasileiras, crimes fronteiriços como o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, além dos ilícitos ambientais e fiscais, como o contrabando e o descaminho.
Serão realizadas nas fronteiras Sul e Centro-Oeste, ações de interdição de pistas de pousos irregulares, atracadouros clandestinos, patrulha naval nas calhas dos rios, bloqueios e controle de estradas, reconhecimento especializado de fronteira, revista de veículos, embarcações, interceptação de aeronaves suspeitas e ações cívico-sociais nas comunidades carentes. O efetivo envolvido é de aproximadamente 10 mil homens, sendo que destes, 7 mil são militares das Forças Armadas.
A Operação Ágata faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, que abrangerá uma área de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a 27% do território nacional. As ações cobrirão os principais pontos da linha de fronteira, cuja extensão é de 16.886 quilômetros. A faixa de fronteira se projeta por 150 quilômetros para dentro do território nacional a partir da linha divisória com os dez países vizinhos. Compreende 11 estados, 710 municípios, abrangendo uma população de 10,9 milhões de pessoas, sem data prevista para término.
Para coibir as práticas criminais, serão usados embarcações, aeronaves e veículos militares em diversas áreas delimitadas de acordo com levantamentos realizados para a ação.
Corumbá
Por fazer fronteira com a Bolívia, a cidade recebe a Operação Ágata. No município, serão empregados 350 homens do Exército Brasileiro, distribuídos em três organizações, que serão responsáveis pelas atividades de suporte terrestre. Já a Marinha, através do Comando do 6º Distrito Naval, que envolve os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, está empregando nessa região, um efetivo de cerca de 295 homens, distribuídos em seis navios. Já pela Força Aérea, 450 homens participarão da Operação em todo o Estado.
De acordo com informações divulgadas em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 16 de setembro, o 6º Distrito Naval já está com os seis navios posicionados em áreas pré-definidas nas calhas do rio Paraguai, entre o quilômetro 1.264 até a foz do rio Apa. Os navios permanecem constantemente nessa área realizando patrulha e inspeção naval 24 horas. Um helicóptero dá apoio às ações no Pantanal.
O navio de assistência hospitalar Tenente Maximiano já tem programações de atuação no mesmo trecho e deverá atender nos próximos dias a população ribeirinha. O primeiro município do estado de Mato Grosso do Sul a receber ação cívico-social, no dia 24 de setembro, é Porto Murtinho. Durante a operação, as Forças de Segurança irão atuar em pontos diferentes.
justiça: UMA ÓTIMA OPERAÇÕES NA ÁREA DA FRONTEIRA QUE ALCANCE O OBJETIVO EM TODAS AS ÁREAS DESTA OPERAÇÃO .
roberto matias: EH, ESPERAMOS Q ESSA OPERACAO DURE MUITO TEMPO, pois nao adianta fazer uma operacao por pouco tempo, isso so da ferias a bandidagem.
arivaldo: Só espero que comece logo,pois mais um trabalhador ficou sem a sua motocicleta,que com certeza foi levada para a Bolívia...
Jose Carlos: Passei neste sábado pela fronteira e ví apenas dois guardas municipal e um fiscal da Receita. Junto comigo, passou uma carreta coberta com lona e não foi interceptada. PASSOU DIRETO. O que pode ter alí? Pode muito bem ter armas, drogas, contrabando... Enquanto a Operação não começa, a fronteira ficará assim? Na minha opinião, essa operação é paleativa, com prazo para iniciar e terminar. A Força Nacional deveria ter um efetivo em fronteiras como a nossa, a de Ponta Porã e outras similares. Quantas operações deste tipo foram feitas? O que mudou? A fronteira continua desguarnecida...
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