Marcelo Fernandes em 29 de Abril de 2011
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não escapou de um protesto absolutamente pacífico e silencioso por parte do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso do Sul na manhã desta sexta-feira, 29 de abril, em Corumbá. Duas faixas, amarradas a árvores, em frente ao Aeroporto Internacional estampavam as reivindicações da categoria, que é contrária aos cortes no orçamento da Polícia Federal, que obrigarão o órgão a reduzir em 35% suas despesas, em relação a 2010.
Uma das faixas cobrava a valorização da carreira policial; melhores condições de trabalho e o não sucateamento da Polícia Federal. A outra trazia estampado um pedido de "socorro" dos agentes federais diretamente ao ministro da Justiça. Também pedia a aprovação do auxílio moradia; construção de novas delegacias em Corumbá e Ponta Porã e o aumento do efetivo policial nas fronteiras brasileiras.
Cardozo afirmou que os cortes orçamentários, que ocorrem em todos os Ministérios, não vão comprometer as condições de trabalho dos policiais federais. "Estamos fazendo alocação de verbas necessárias para que isso não ocorra. A atuação da Polícia Federal é prioritária e não vai acontecer essa impactação. Tenho ouvido muita especulação, talvez porque tenhamos tomado algumas medidas de racionalização da distribuição de recursos humanos. Mas, efetivamente não ocorrerá a paralisação de operações e haverá o cumprimento de metas", afirmou o ministro logo após a solenidade de instalação do GGI (Gabinete de Gestão Integrada).
A secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, esclareceu que os cortes orçamentários foram "necessários", mas o Governo não tem qualquer intenção de "parar as ações de fronteira", que segundo ela são "prioridades definidas pela presidente Dilma e do próprio Ministério".
Regina complementou explicando que a falta de recursos para a compra de combustível para as viaturas da Polícia Federal - como chegou a ser veiculada por parte da imprensa brasileira - é uma informação que "não procede".
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