Campo Grande News em 17 de Junho de 2024
Nesta segunda-feira (17), dois biólogos e uma médica veterinária estão verificando o impacto do fogo em uma região próxima a Ladário e Corumbá. A partir de quarta-feira (19) uma segunda equipe entra em campo para atender áreas mais remotas, na região do Paraguai Mirim.
Ao todo, serão nove profissionais envolvidos em locais diferentes atuando em campo, nesta primeira semana. Até o momento, répteis e anfíbios foram as primeiras perdas da biodiversidade, conforme já relatado pelos brigadistas. Eles possuem maior dificuldade para empreender fuga.
De acordo com a secretaria operacional do Gretap, médica veterinária e bióloga Paula Helena Santa Rita, o trabalho nos próximos dias será fundamental para ter uma maior dimensão do impacto.
“Faremos instalações de câmeras traps (armadilhas fotográficas) e usaremos drones. Até o momento não houve notificação de perda da megafauna e nem há necessidade de aporte nutricional imediato. Os relatos são de batidas (pegadas) nos aceiros. Os animais caíram nos corredores e conseguiram fugir”, explica.
Aceiros, são caminhos abertos na mata para funcionar como rota de fuga e também auxiliar no combate ao fogo, evitando a propagação do incêndio. A preocupação maior neste momento são os animais que ficam cercados nas baías. “O trabalho é evitar que o fogo cerque as baías. Porque se ele passar, os animais vão acabar sucumbindo”.
O Gretap é a união de 12 instituições governamentais, privadas e do terceiro setor que atuam no resgate da fauna. A operação iniciada nesta semana não tem prazo para encerrar. As equipes serão trocadas a cada sete dias de ação em campo.
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