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Polícia faz reconstituição do assassinato de jogador na casa de ex-namorada

Campo Grande News em 05 de Julho de 2023

Salatiel Assis

Policiais civis e agentes da Polícia Científica no local onde Hugo Vinícius foi assassinado, a casa da ex-namorada

A Polícia Civil trabalha nesta quarta-feira (05) em reconstituições do crime contra o jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, de 19 anos. As cenas descritas pela ex-namorada da vítima, Rubia Joice de Oliver Luivisetto, 21, e também por um amigo dela, conhecido como “Maninho”, ouvido como testemunha, serão simuladas na casa da jovem, na região central de Sete Quedas – cidade a 471 km de Campo Grande.

Ela está presa desde ontem (04), quando se apresentou acompanhada de advogados na Delegacia de Polícia de Tacuru e depois, foi interrogada em Sete Quedas. A polícia trabalha com a hipótese de Rubia estar envolvida em plano para matar o jogador, mas ela nega ser a mandante do crime, ter armado para Hugo ter ido até a casa dela e também ter ajudado a “dar fim” ao corpo do rapaz.

Ainda hoje, policiais também devem ir à propriedade rural à beira do rio Iguatemi, onde o corpo do atleta foi jogado. A suspeita da investigação é que o cadáver tenha sido esquartejado no local.

A casa de Rubia foi isolada para a reprodução simulada. Além da Polícia Civil, peritos trabalham no local.

Versões

No segundo depoimento, a ex-namorada contou à polícia que estava em casa com Danilo Alves Vieira da Silva, 19, quando Hugo Vinícius teria invadido a residência e entrado no quarto dela, a xingando de vagabunda. Houve discussão e ela se levantou para empurrá-lo para fora de casa, quando de repente, pelas suas costas, Danilo atirou contra Hugo.

Ela diz que o “ficante” mandou que todo mundo ficasse quieto ou todos morreriam e que, então, ele e o amigo dela, que também estava no local, colocaram o corpo no carro de Rubia para se livrarem dele. Disse que não sabia o que havia sido feito do cadáver, muito menos do esquartejamento.

Reprodução/Instagram

Hugo Vinícius Skulny Pedrosa foi morto aos 19 anos

Já na versão de Maninho, ele estava dormindo quando ouviu discussão entre Danilo e Hugo e logo em seguida, barulho de tiro. Ao sair para ver o que estava acontecendo, encontrou o jogador caído no chão, ainda respirando, e então perguntou a Rubia e ao “ficante” dela o que eles haviam feito.

Neste momento, a garota teria dito que ele não devia falar com ninguém e só fazer o que Danilo mandasse. O corpo de Hugo estava caído na porta da casa.

Ainda de acordo com Maninho, Hugo ainda respirava quando Danilo decidiu colocá-lo no carro de Rubia e levar para o rio. Ele afirma que foi ameaçado pelo autor que estava armado e o ajudou a pegar a vítima pelas pernas e colocar no veículo da jovem.

Os dois seguiram até a propriedade rural, que seria do pai de Danilo e lá, o autor deu mais dois tiros na testa de Hugo. Em seguida, jogaram o corpo inteiro no rio. Maninho afirma que viu o cadáver da vítima desaparecer nas águas e que ele não estava esquartejado. 

O crime

Conforme a investigação, na madrugada do dia 25 de junho, o jogador de futebol saiu da festa em Pindoty Porã, no Paraguai, que faz fronteira com Sete Quedas - cidade a 71 km de Campo Grande, no sul do Estado. Ele foi deixado por amigos na casa da ex-namorada e desde então não foi mais visto. 

No domingo, 02 de julho, partes do corpo de Hugo começaram a ser encontradas no rio Iguatemi. Uma tatuagem ajudou na identificação da vítima.

Durante as diligências, a polícia apreendeu quatro veículos, entre carros e um barco, vários celulares e instrumentos que podem ter sido utilizados no crime. Tudo está sendo periciado e partes do corpo da vítima ainda estão sendo procuradas.

Ainda segundo a polícia, o jogador foi morto com três tiros, pelo menos um deles na cabeça, e esquartejado com uma serra elétrica.