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Após desistência do Estadual 2020, TJD pune Corumbaense e Maracaju com afastamento de dois anos

Leonardo Cabral em 08 de Dezembro de 2020

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Corumbaense faria uma das quartas de final do Estadual 2020

Após desistirem de seguir na disputa do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol deste ano, as equipes do Corumbaense e do Maracaju foram julgadas pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) local e punidas com a proibição de disputar torneios oficiais pelo período de dois anos, conforme prevê o regulamento da competição, além do rebaixamento para a Série B e multa de R$ 1 mil para cada clube.

O julgamento foi realizado no dia 03 de dezembro, em sessão aberta no aplicativo zoom. Apesar de ocorrer em sessão que poderia ser acessada de qualquer lugar com internet, as defesas dos dois clubes não compareceram e, assim, as equipes foram julgadas à revelia e aplicada a punição prevista no regulamento. Contudo, ainda existe possibilidade de reversão da decisão em segunda instância, no Tribunal Pleno do próprio TJD, além do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que fica no Rio de Janeiro (RJ).

Ao Diário Corumbaense, o diretor de futebol profissional do Galo Pantaneiro, Kiko Ribeiro, disse que já esperava por essa decisão e o clube vai recorrer, pois a desistência está respaldada em decisão recente da Secretaria Especial de Esportes, do Governo Federal, que orientou a não punição de clubes que abandonassem as competições por causa da covid-19. Essa também foi uma das justificativas dadas pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul para ela mesmo, administrativamente, não punir os times de Maracaju e Corumbá.

“Estamos tranquilos, pois a Secretaria Especial de Esportes enviou um ofício para todas as Federações, deixando claro que nenhuma equipe deverá ser punida por causa da pandemia e que esse ano foi atípico. Vamos recorrer da decisão e apresentar a defesa. Esperamos reverter isso", explicou Kiko ao enfatizar que o Corumbaense só não participará do Estadual de 2021 se não houver viabilidade financeira, como ocorreu nesta reta final da competição. 

Segundo a diretoria do clube, a pandemia prejudicou os principais parceiros e o clube não conseguiu patrocinador que bancasse o salário, estadia e alimentação dos jogadores, despesas que somariam até R$ 150 mil. Entre os gastos também estava a parceria firmada com a LEC (Liga de Esportes de Corumbá), onde o clube era responsável pelo pagamento da água e luz do Estádio Arthur Marinho, considerada a casa do Galo Guerreiro.

O Corumbaense faria uma das quartas de final do Estadual 2020 contra o Aquidauanense, quando desistiu da competição. O campeonato ficou paralisado oito meses por causa da pandemia da covid-19.

Com informações de Nyelder Rodrigues, do Campo Grande News.

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