Lívia Gaertner em 26 de Fevereiro de 2018
Corumbá e mais dezoito municípios do país que participaram do edital de chamamento público (nº 2, de 07 de dezembro de 2017) para a instalação do curso de graduação em Medicina por instituições privadas, foram aprovados pelo Ministério da Educação. O resultado foi divulgado na semana passada pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, pertencente ao referido Ministério.
Das vinte e nove cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil que participam do processo, apenas 19, incluindo Corumbá e Ponta Porã, no estado de Mato Grosso do Sul, foram consideradas com índice “satisfatório”. As demais, segundo o documento oficial, têm até o dia 02 de março para apresentar recurso sobre o resultado.
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Município aguarda agora homologação para divulgar edital voltado às instituições privadas
O prefeito de Corumbá, Marcelo Aguilar Iunes, anunciou a notícia positiva para o município durante o balanço dos seus 100 primeiros dias de gestão em ato de Governo na última sexta-feira, 23 de fevereiro, no auditório Salomão Baruki. “Para quem torcia contra, está aí. Nosso edital vai dizer que o menor preço é que vai ficar em Corumbá porque queremos que nossos filhos corumbaenses façam a faculdade de Medicina. Não é somente abrir, mas que nossos filhos e parentes façam o curso em Corumbá”, discursou.
As próximas etapas para a efetivação da tão aguardada faculdade de Medicina em Corumbá dependem agora da homologação desse resultado no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação, conforme adiantou ao Diário Corumbaense, o secretário municipal de Saúde, Rogério Leite, que também preside a Comissão de Implementação do Curso de Medicina no Município de Corumbá, criada por decreto municipal em janeiro desse ano e que tem, entre suas atividades, “organizar diretrizes para a elaboração do Coapes (Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde)”.
“A gente vai colocar como termo de referência menor valor, maior investimento nos setores de saúde de Corumbá e aquilo que vai agregar maior valor ao ensino e à aprendizagem dos nossos alunos. Não adianta cobrar menor valor e a faculdade não ter como investir e tudo isso já vai estar 'amarrado' no termo de compromisso e escalonadamente promover os serviços e atendimento à população de Corumbá”, detalhou o gestor sobre o edital que o município deve publicar assim que esse resultado for homologado pelo Ministério da Educação, após o prazo de recurso, o que está previsto para ocorrer no final de março.
Segundo o secretário, a rede de Saúde instalada em Corumbá foi um dos pontos que colaboraram para o resultado positivo à implantação. Ele lembrou que dois técnicos contratados pelo MEC estiveram no município verificando toda a estrutura física que Corumbá dispõe no setor.
“Eles avaliaram para saber se é possível receber a faculdade com nossa estrutura, além da garantia de que os alunos terão os serviços garantidos pelo serviço público também porque não adianta a faculdade chegar, criar um Hospital e colocar o aluno lá apenas. Tem que contemplar a rede nossa que é grande, temos o CAPS, o Pronto-Socorro, UPA, Unidades Básicas de Saúde, CAES, SISC, então nossa rede é bem abrangente e isso possibilitou essa aprovação”, afirmou.
Rogério Leite ainda revelou ao Diário que, desde a pré-seleção de Corumbá pelo Ministério da Educação, ainda no ano passado, quando começaram os trâmites para a instalação do referido curso superior, algumas universidades privadas já se anteciparam e procuraram o município para conhecer também as estruturas aqui ofertadas com vistas à concorrência na futura licitação.
“No final de março, vamos ter a certeza de quando poderemos correr com os trâmites burocráticos da licitação para iniciar a implantação e início das aulas”, calculou quando questionado sobre a implantação e efetivação do começo do curso.
Sobre a implantação do curso de Medicina no Campus do Pantanal, unidade da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em Corumbá, na modalidade ensino público, a reportagem deste Diário foi informada que não houve evolução no projeto, que continua tramitando no Ministério da Educação, aguardando, ainda sem previsão, a Portaria de autorização.
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